Jovens portugueses são dos que mais valorizam a saúde emocional na Europa

13 de Julho 2023

Os jovens portugueses preocupam-se mais com a saúde emocional do que com a saúde física e, juntamente com os italianos, são os europeus que mais confiam na informação prestada pelos profissionais de saúde, revela um inquérito da Merck.

Para mais de nove em cada dez (94,4%) portugueses da Geração Z (19-25 anos) e Millennials (26-36 anos), a saúde emocional é, de facto, aquela que mais importa, ainda que a física venha logo a seguir (com 92,5% das respostas), o que nos coloca, na Europa, juntamente com a Polónia, entre aqueles que mais lhe atribuem importância. Estes são alguns dos dados de um inquérito realizado pela Merck em 12 países da Europa, que quis saber o que move os jovens em áreas como a saúde emocional e física, sustentabilidade, inovação e futuro.

Para as gerações mais jovens, o tema da equidade e justiça entre géneros é também muito importante e, a par dos jovens gregos (84%) e italianos (87%), os portugueses (84%) são os que mais valorizam a equidade de género.

Questionados sobre os seus hábitos de autocuidados com a saúde, os jovens portugueses revelam algum descuido, sobretudo ao nível da realização de check-ups regulares, com apenas 30,6% a admitirem fazê-los regularmente, o que nos coloca no conjunto dos quatro países que menos têm este hábito. Em Espanha, o valor situa-se em 24,6%, no Reino Unido, 25,4%, e nos Países Baixos, em 27,7%. O hábito de autocuidado que os portugueses mais cultivam é dormir e descansar (80,6%).

As redes sociais foram também alvo de avaliação pela Geração Z e Millennials e o cenário traçado pelos jovens, tradicionalmente os mais adeptos destas formas de comunicação, não é o mais animador, com 54,2% dos inquiridos portugueses a considerarem que as redes sociais lhes causam ansiedade e stress, 60,4% a afirmarem que lhes reduzem a atenção e 44,7% a partilharem o receio de, se não estiverem nas redes, perderem alguma coisa e sentirem-se, desta forma, excluídos (o chamado FOMO – “Fear Of Misssing Out“). No entanto, de forma positiva, quase 79% dos inquiridos olha para as redes sociais como uma inspiração para aprender novas competências e experimentar coisas novas.

Os portugueses (93%) e italianos (90%) são os europeus que mais confiam na informação prestada pelos profissionais de saúde, sendo a confiança em recursos que recorrem a Inteligência Artificial, como o ChatGPT, ainda muito baixa (20,5%).

Ao olhar para o futuro da investigação na área da saúde, os jovens portugueses da Geração Z e Millennials são, entre os europeus, os que mais gostariam que a investigação fosse vista pelos sistemas de saúde como um investimento e não como uma despesa, mostram ainda os dados do inquérito realizado pela Merck.

Pedro Moura, Diretor-Geral da Merck Portugal, comentou: “Sentimos a necessidade de perceber o que sentem estas gerações, uma vez que são os próximos médicos, doentes, colaboradores e parceiros. E porque tudo o que fazemos é pelo progresso da sociedade, nada melhor do que examinar, questionar e conhecer as suas preocupações, para os ajudar, pensando no futuro da melhor forma possível. A curiosidade e o espírito de descoberta são o que nos define.”

PR/HN/RA

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