“Quando vejo o PS a mudar de hora a hora ou dia a dia a sua posição e vejo o PSD em silêncio, entendo que seria melhor para todos que esses partidos manifestassem os cenários em que se colocam, como a IL já fez”, afirmou Rui Rocha, em declarações aos jornalistas.
À margem de um reunião com a direção do Hospital Padre Américo, em Penafiel, Rui Rocha afirmou que, contrariamente ao PSD, a IL não faz silêncios e não viabilizará um governo minoritário do PS.
“Há quem faça silêncio sobre essa matéria, nós não fazemos silêncios. Temos um programa completamente diferente do PS, não faz nenhum sentido que a IL viabilize um governo do PS. Não viabilizaremos. Connosco os portugueses sabem com o que contam, com quem nos entendemos, em que condições”, referiu, reforçando que não haverá nenhum entendimento com o Chega.
“Não para nós sempre foi não”, referiu.
Para o líder da IL, “há uma solução para o país”, que passa por “um entendimento pós-eleitoral” entre os liberais e os sociais-democratas, mas que depende de garantias como uma “reforma estrutural” na saúde, na Segurança Social e no sistema eleitoral, mas também no alívio da carga fiscal que os liberais propõem.
“É uma visão indispensável para que no dia seguinte às eleições não fique tudo na mesma que é aquilo que o PS assegura e que o PSD não tem capacidade para dizer sozinho que não acontecerá”, referiu.
Questionado sobre as bases desse acordo, nomeadamente se seria de incidência parlamentar ou de governo, Rui Rocha assegurou que tal não dependerá da assunção de cargos.
“Não fazemos questão de cargos, estamos preparados para governar, mas não fazemos disso ponto de honra. Entendemos que é necessário mudar a política para mudar o país, e que são as políticas liberais que tem essa transformação, se isso for melhor assegurado estando no governo cá estaremos, se isso for mais bem assegurado com um acordo de incidência parlamentar, cá estaremos”, afirmou.
Rui Rocha acrescentou ainda que, qualquer que seja a circunstância, um eventual entendimento com o PSD deverá ser “muito claro”, com as condições escritas “para que os portugueses possam também eles depois avaliar a execução desse acordo” que a IL quer que seja público e transparente.
Depois de uma reunião, que durou perto de duas horas, com a direção hospitalar, o líder dos liberais destacou a necessidade de existir uma “mudança estrutural do serviço de saúde”.
“Temos mesmo de mudar a saúde e mudá-la com profundidade, com uma alteração estrutural”, referiu.
LUSA/HN
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