Em comunicado, a presidente do conselho de administração da USISM, Sandra Silva, informou que, “considerando a situação de calamidade pública regional declarada pelo Governo Regional dos Açores originada pelo encerramento do Hospital do Divino Espírito Santo”, a atividade habitual “mantém o regular funcionamento em todos os centros de saúde e respetivas unidades de saúde com exceção dos serviços” na sede do Centro de Saúde de Ponta Delgada.
No Centro de Saúde de Ponta Delgada estão assegurados o “tratamento de feridas, centro de diagnóstico pneumológico, saúde escolar, centro de dissuasão para a toxicodependência, serviço de reembolsos, gabinete do utente e as equipas de prestação de cuidados de saúde no domicílio”, é referido na nota.
No entanto, na “terça-feira, estão suspensas as demais atividades assistenciais (consultas) na sede do Centro de Saúde de Ponta Delgada” e “o reagendamento destas atividades está a ser acautelado a partir do dia 8”, quarta-feira.
“As unidades Básica de Urgência dos Centros de Saúde de Nordeste, Povoação, Ribeira Grande e Vila Franca do Campo estão abertas 24 horas por dia”, lê-se ainda no comunicado.
“A USISM está ciente do impacto destes constrangimentos nos seus utentes e está a efetuar todos os esforços para o minimizar”, acrescentou a responsável.
A Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel reiterou que disponibiliza aos familiares dos doentes internados, através do número de telefone 296249220, uma “equipa de assistentes sociais e psicólogos para prestar os esclarecimentos necessários” e que “as visitas estão condicionadas por motivos de gestão do espaço físico e de recursos humanos”.
Um incêndio, que deflagrou no hospital de Ponta Delgada pelas 09:40 locais de sábado (10:40 em Lisboa) e só foi declarado extinto às 16:11, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados.
Alguns doentes foram deslocados do Hospital do Divino Espírito Santo para a Madeira, sendo acolhidos no Hospital Dr. Nélio Mendonça e no Regimento de Guarnição (RG) N.º 3, no Funchal, encontrando-se todos “estáveis”, segundo disse hoje o diretor clínico da unidade hospitalar, Júlio Nóbrega.
Os 55 doentes transferidos dos Açores (menos do que o número inicialmente previsto, superior a seis dezenas) chegaram cerca das “02:30 ao aeroporto e foram transportados à unidade hospitalar e à zona militar RG3”, explicou.
O responsável lembrou também que no domingo já tinham chegado à região madeirense três doentes: duas grávidas de risco que estão internadas na Obstetrícia, e um paciente que se encontrava em cuidados intensivos, estando agora no mesmo serviço no Dr. Nélio Mendonça.
No domingo, o Governo dos Açores declarou a situação de calamidade pública devido ao incêndio no hospital de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, e a secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, disse que a unidade de saúde já foi alvo de duas vistorias, mas ainda não há previsão para retomar o normal funcionamento do equipamento.
Na altura do incêndio estavam no estabelecimento de saúde 333 doentes e foi necessário proceder à transferência de 240, segundo a titular da pasta da Saúde nos Açores.
Os doentes mais críticos e graves foram transferidos para o hospital da CUF, na Lagoa, e os restantes para centros de saúde.
Além do Hospital do Divino Espírito Santo, existem nos Açores dois hospitais, nas ilhas Terceira (em Angra do Heroísmo) e Faial (na Horta), para os quais foram transferidos mais de 50 doentes.
Entretanto, o presidente do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, anunciou hoje que as Forças Armadas vão instalar um hospital de campanha no espaço do hospital de Ponta Delgada.
José Manuel Bolieiro falava após uma visita que fez, juntamente com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, ao Hospital do Divino Espírito Santo.
LUSA/HN
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