Os enfermeiros avançaram para a paralisação, que abrange os períodos da manhã (das 08:00 às 16:00) e da tarde (das 16:00 às 24:00), para exigir valorização das carreiras e condições de trabalho.
“Os serviços mínimos estão a ser assegurados na sua totalidade. Embora a adesão seja muito forte no Bloco Operatório e nas consultas. No bloco operatório apenas funcionam as urgências. Tudo o que é programado não está em funcionamento”, disse à Lusa a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) Isabel Barbosa.
Segundo a representante, a adesão mostra que os enfermeiros continuam empenhados em resolver os seus problemas.
A dirigente sindical explicou que foi decidido avançar para a greve devido à “falta de resposta” a problemas sentidos pelos enfermeiros do Hospital de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa – o número insuficiente previsto para novas contratações, o excesso de carga horária e falta de contagem de todos os anos de serviço para progressão na carreira.
“Os enfermeiros pretendem que todos os anos de serviço em que trabalham no Serviço Nacional de Saúde sejam contabilizados para efeitos de progressão, ou seja, que todos os anos de serviço sejam contabilizados para progressão e que sejam valorizadas as competências acrescidas, nomeadamente no caso dos enfermeiros especialistas, que não transitaram automaticamente para a categoria de especialista”, referiu.
“A determinada altura sabemos que houve indicações por parte do Ministério da Saúde para que estes pontos fossem contabilizados, mas depois são emitidas orientações a dizer que não”, acrescentou.
Segundo o SEP, o Hospital de Vila Franca de Xira tem cerca de 500 enfermeiros.
A unidade foi inaugurada em março de 2013 para servir cerca de 250 mil habitantes dos concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente e Vila Franca de Xira.
O equipamento funcionou em regime de parceria público-privada pelo Grupo Mello Saúde até 2021, altura em que transitou para o modelo de entidade pública empresarial.
LUSA/HN
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