O fundador da PharmaMar baseou-se na ideia de que os organismos marinhos poderiam ter utilidade medicinal, nomeadamente invertebrados marinhos, porque pelo facto de não terem sistema imunitário nem poderem fugir, percebeu-se que deveriam ter alguns mecanismos de defesa para terem sobrevivido à evolução dos tempos.
Em comunicado de imprensa, a PharmaMar diz que, quando falamos da área da oncologia, é fundamental falarmos na investigação científica, da inovação e da constante procura por novas opções viáveis. Em alguns cancros mais raros, como é o caso do cancro do pulmão de pequenas células, ainda há doentes sem opções de tratamento – daí a importância de encontrar novos compostos que tenham potencial anticancerígeno. Na verdade, um estudo nacional realizado pela PharmaMar junto de doentes com cancro do pulmão de pequenas células em hospitais de norte a sul do país demonstra que, para quase 20% das pessoas com doença extensa, o mercado não oferece uma opção de tratamento “válida”. Para este tipo de cancro, a PharmaMar acaba de apresentar dados promissores na ASCO.
Os biólogos marinhos partem em expedições por todo o mundo, em busca de organismos marinhos com propriedades farmacológicas, após serem realizados levantamentos oceanográficos para identificar áreas com potencial, respeitando as leis governamentais e ambientais. As amostras dos organismos marinhos são estudadas e, se existir uma atividade anticancerígena do organismo inteiro, isola-se a substância responsável pela atividade e estabelece-se a sua estrutura química para que posteriormente seja testado em várias linhas celulares bem caracterizadas.
Hoje, a empresa continua a fazer as suas expedições em todos os mares e oceanos do mundo e tem atualmente 400.000 amostras marinhas, a maior coleção do mundo. Em 2023, a empresa investiu 99,3 milhões de euros em I&D, mais 19% do que no ano anterior.
PR/HN
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