“Esta tarde, as Clínicas Leite, localizadas no Estádio Cidade de Coimbra, (entrada da sala de imprensa) sofreram uma grande inundação, interrompendo o seu funcionamento normal”, afirmou hoje aquela unidade de saúde privada, em nota de imprensa enviada à agência Lusa, realçando que a situação afetou a infraestrutura das clínicas e causou “transtornos significativos” a colaboradores e pacientes.
Segundo a unidade de saúde privada, a Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol (AAC-OAF), responsável pela gestão do estádio, foi contactada para encontrar “uma solução imediata”, mas escusou-se a tomar medidas, remetendo para depois da reunião do executivo municipal de quarta-feira, em que será discutido um novo acordo para a gestão do estádio, depois de o atual contrato (ainda em vigor) ter sido denunciado pela autarquia.
A Clínicas Leite considerou a resposta “inadequada e descabida”, comprometendo “o bem-estar e a segurança de todos os envolvidos”.
De momento, a Académica, que milita na terceira divisão nacional de futebol, é responsável pela gestão e manutenção do Estádio Cidade de Coimbra, arrecadando também as receitas dos espaços arrendados (mais de 300 mil euros na época desportiva 2022/2023).
“A degradação das infraestruturas tem sido uma constante, sem qualquer intervenção corretiva ou de manutenção adequada. Essa falta de cuidado contribuiu significativamente para o incidente de hoje e continua a ameaçar a integridade das operações no local”, criticou a unidade de saúde privada.
Segundo a Clínicas Leite, “a suspensão forçada” das suas operações “causa um impacto negativo significativo nos cuidados de saúde” que presta.
“Estamos empenhados em encontrar uma solução rápida para retomar as atividades e garantir a segurança e o conforto dos nossos colaboradores e pacientes. Instamos a Câmara Municipal e a Associação Académica de Coimbra a tomarem medidas urgentes para resolver esta situação inaceitável, garantindo que situações como esta não se repitam no futuro”, vincou.
Questionado pela agência Lusa, o vice-presidente do clube Joaquim Rosete confirmou uma “rutura na rede de abastecimento de água”, referindo que, às 19:00, a situação já estava “resolvida”.
O responsável recusou ainda a versão dos factos dada pela Clínicas Leite, realçando que a situação foi resolvida “rapidamente” com intervenção da Académica, alegando também que o clube “não tem falhado na manutenção” do estádio e que tem procurado dar resposta “a situações como esta”.
Apesar disso, Joaquim Rosete considerou “fundamental” ser fechado um acordo com o município “para evitar estas questões”.
Em resposta, fonte oficial da Clínicas Leite afirmou que foi o técnico de manutenção da própria unidade de saúde “que resolveu” a situação, com a Académica apenas a indicar “onde estava a torneira de segurança”.
Segundo a mesma fonte, a unidade de saúde irá verificar na manhã de quarta-feira se estarão reunidas as condições “para retomar a atividade”.
LUSA/HN
0 Comments