Unidade Local de Saúde São José atende o dobro da população de Lisboa no primeiro semestre de 2024

13 de Agosto 2024

A Unidade Local de Saúde (ULS) São José registou um aumento significativo na atividade assistencial durante o primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Surpreendentemente, o número de pessoas atendidas pela ULS São José nos primeiros seis meses de 2024 corresponde ao dobro da população residente na cidade de Lisboa, de acordo com os dados fornecidos pela instituição à agência Lusa.

De acordo com os dados fornecidos pela ULS São José, entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2024, foram realizadas 1,39 milhões de consultas e 26.839 cirurgias. Estes números impressionantes contrastam com a população da capital portuguesa, que, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), era de apenas 544.851 habitantes em 2021.

Do total de consultas realizadas pela ULS São José, 646.107 foram consultas hospitalares, das quais 444.100 foram médicas e 202.007 não médicas. Além disso, registaram-se 741.527 consultas externas nos Cuidados de Saúde Primários (CSP), sendo 506.040 médicas e 235.487 não médicas. Estes números representam um crescimento de 5,3% nas consultas hospitalares e de 2,5% nas consultas dos CSP, em relação ao período homólogo.

No que diz respeito às cirurgias, foram realizadas 26.839 intervenções, das quais 22.565 foram programadas e 4.274 urgentes, um aumento de 0,7% em comparação com o mesmo período de 2023. A ULS São José também tratou 26.422 doentes em internamento no primeiro semestre, um crescimento de 1,5% face a 2023, e registou 128.005 episódios de urgência, um aumento de 4,6%.

Outro dado relevante é o número de partos realizados até junho de 2024, que totalizou 1.979, correspondendo a um aumento de 20,5% em relação a junho de 2023. Nos CSP, observou-se um crescimento de 5,3% no número de domicílios, totalizando 22.708 no primeiro semestre de 2024.

Rosa Valente de Matos, presidente do Conselho de Administração da ULS São José, atribui estes resultados ao grande empenho dos profissionais de saúde da instituição e à aposta em novos modelos de organização, nomeadamente em Centros de Responsabilidade Integrados (CRI) e clínicas. Segundo ela, estas medidas resultam numa maior coordenação e trabalho de equipa, com impactos positivos na produção.

A presidente destaca ainda a importância da inovação organizacional e da tecnologia para a melhoria contínua dos resultados e do serviço prestado aos doentes.

ULSSJ/INE/HN

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