Aluno que esfaqueou colegas em Azambuja detido e sujeito a avaliação psicológica

18 de Setembro 2024

O aluno de uma escola de Azambuja que na terça-feira esfaqueou seis colegas “foi detido em flagrante delito” e levado para um hospital “para avaliação psicológica”.

Após o crime, na Escola Básica 1, 2 e 3 de Azambuja, no distrito de Lisboa, o aluno, de 12 anos, foi mantido numa sala de aula e ficou à guarda de elementos da GNR até ser interrogado pela Polícia Judiciária, que também realizou perícias no local.

Apesar de ter sido detido (como referiram também à Lusa outras fontes conhecedoras do processo), o menor não responde criminalmente, por ter menos de 16 anos.

A lei portuguesa prevê que possa ser aberto um inquérito tutelar educativo quando estão em causa factos qualificados como crime e praticados por menores entre os 12 e os 16 anos.

A Lusa questionou a Procuradoria-Geral da República sobre se o Ministério Público instaurou este inquérito, mas ainda não obteve resposta.

De entre os seis alunos agredidos – entre os 11 e os 14 anos, de acordo com a Câmara de Azambuja -, uma menina de 12 anos teve de ser levada para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, por inspirar mais cuidados.

Quatro alunos – três raparigas e um rapaz – deram entrada no Hospital de Vila Franca de Xira e duas meninas tiveram alta ainda na terça-feira.

Hoje de manhã, fonte hospitalar indicou à Lusa que as outras duas vítimas permanecem na unidade em observação, depois de terem passado bem a noite.

A Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo disponibilizou apoio psicológico às crianças e aos familiares, bem como à comunidade escola.

O aluno de 12 anos esfaqueou os colegas “aleatoriamente”, ao início da tarde, e tinha vestido um colete antibala, segundo o presidente do município, Silvino Lúcio.

A diretora da escola, Maria Madalena Miranda Tavares, anunciou na terça-feira, numa nota, que o estabelecimento iria reabrir hoje no seu horário normal, dando também conta da presença de psicólogos no local para apoiar “os alunos, professores e assistentes operacionais”.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Cientistas portugueses desvendam segredos da LAMA2-CMD

Investigadores da Faculdade de Ciências da ULisboa identificam como a falta de laminina-α2 afeta o desenvolvimento muscular na distrofia muscular congénita Tipo 1A, abrindo portas para novas terapias contra esta doença rara

Ser mãe depois do cancro? Sim, é possível

Com os avanços na Oncologia e na Medicina da Reprodução, ser mãe após o cancro tornou-se uma possibilidade real, abrindo uma janela de esperança para muitas mulheres.

MAIS LIDAS

Share This