A vacina, de fabrico chinês e que antes podia ser administrada em duas ou três doses, é comercializada com o nome de Cecolin e a decisão da OMS, hoje divulgada em comunicado, baseia-se em “novos dados sobre o produto que cumprem os critérios estabelecidos nas recomendações” da organização em 2022 “para a utilização alternativa de vacinas contra o HPV em esquemas de dose única”.

Trata-se da quarta vacina autorizada contra o HPV para ser administrada em dose única, permitindo que mais raparigas tenham acesso à prevenção contra o cancro do colo do útero, segundo a OMS, que estima que pelo menos mais seis milhões de meninas foram vacinadas em 2023 devido ao esquema de dose única.

De acordo com a agência da ONU, mais de 95% dos 660 mil casos anuais de cancro do colo do útero no mundo são causados pelo HPV, que se transmite geralmente por via sexual, sendo que 19 dos 20 países mais atingidos pela doença situam-se em África, região com carência de vacinas.

A OMS estabeleceu na estratégia global para a eliminação do cancro do colo do útero a meta de 90% das raparigas vacinadas contra o HPV até aos 15 anos em 2030.

A organização recomenda a vacinação prioritária, com uma ou duas doses, de raparigas entre os 9 e os 14 anos.

Em Portugal, a vacina contra o vírus do papiloma humano faz parte do programa nacional de vacinação, sendo recomendada a sua administração em duas doses a meninas com 10 anos.

Desde outubro de 2020, os meninos com 10 anos também podem ser vacinados, de acordo com o portal SNS 24, que cita a Direção-Geral da Saúde.

LUSA/HN