O programa “Nestlé por Crianças mais Saudáveis” celebra hoje o seu 25º aniversário com uma conferência no Auditório Henri Nestlé, no Campus Nestlé Portugal, onde foram divulgados dados alarmantes sobre os hábitos alimentares das crianças portuguesas.

O estudo apresentado na conferência “Como comem as crianças em Portugal?” revela que 70% das crianças não consomem sopa nas duas refeições principais do dia. Apenas 30% ingerem sopa no almoço e no jantar, e somente 4% adicionam hortícolas no prato em ambas as refeições, ficando muito aquém das recomendações nutricionais.

Outros dados preocupantes incluem o consumo insuficiente de laticínios e fruta. Apesar de 72% das crianças consumirem laticínios diariamente, 81% fazem-no apenas uma vez por dia, quando a recomendação é de 2 a 3 porções diárias. Quanto à fruta, 23% das crianças não a consomem diariamente, e 32% ingerem apenas uma porção, quando o recomendado são três porções por dia.

O estudo também destaca a necessidade de melhorar a literacia alimentar dos pais. Apenas 79% dos pais consideram que os filhos devem consumir laticínios todos os dias, e somente 49% conhecem as recomendações corretas para o consumo de fruta.

Ana Leonor Perdigão, nutricionista e coordenadora do programa, enfatiza a importância da sintonia entre família e comunidade escolar na promoção de hábitos de vida saudáveis e sustentáveis desde cedo.

A conferência contou com a participação de especialistas em nutrição, psicologia e educação, além de pais, professores e crianças, que partilharam testemunhos e perspetivas sobre os desafios de promover uma alimentação saudável e sustentável.

O programa “Nestlé por Crianças mais Saudáveis”, iniciado em 1999 em parceria com a Direção-Geral da Educação do Ministério da Educação, Inovação e Ciência, tem como objetivo promover uma alimentação equilibrada e sustentável como parte de um estilo de vida saudável. Dirige-se a escolas, famílias e comunidade, através de ações práticas e lúdicas.

Este evento marca não apenas o aniversário do programa, mas também serve como um alerta para a necessidade de melhorar os hábitos alimentares das crianças portuguesas, destacando a importância da educação nutricional e da colaboração entre família, escola e comunidade para alcançar esse objetivo.

PR/HN/MMM