António Portela destacou, em entrevista à Lusa em Madrid, que o mercado português é pequeno e o país tem de ser capaz de “trazer a inovação para Portugal”, o que se traduz na aprovação de novos medicamentos, na sua comparticipação e na definição de preços.
No entanto, “muitas vezes em Portugal há preços muito baixos de medicamentos”, o que torna difícil mantê-los no mercado nacional, face aos custos de produção e distribuição.
“O custo de desenvolvimento é muito grande”, realçou António Portela.
“Portugal tem dos preços mais baixos da Europa. Existe uma atualização anual, mas que normalmente só é para baixo. Para os medicamentos de valor mais baixo devia haver uma atualização natural para cima para que os medicamentos se mantenham no mercado e para que seja viável às empresas terem os medicamentos de que as pessoas precisam”, defendeu.
Segundo António Portela, “em alguns casos chega a ser inviável” ter um medicamento no mercado, porque os custos não são compensados pelo preço, destacando que nos últimos anos houve um grande aumento da inflação, que afetou toda a cadeia de produção e distribuição em todas as áreas, não apenas a farmacêutica.
“É preciso ter essa sensibilidade”, afirmou.
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LUSA/HN
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