OMS “profundamente preocupada” com ataques israelitas aos serviços de saúde no Líbano

1 de Novembro 2024

A Organização Mundial de Saúde (OMS) está “profundamente preocupada” com os ataques do exército israelita aos serviços de saúde na sua guerra contra o Hezbollah no Líbano, disse hoje uma porta-voz do olebanonrganismo.

A OMS está “verdadeiramente, profundamente preocupada com o número crescente de ataques a profissionais de saúde e instalações de saúde no Líbano, e sublinhamos uma e outra vez que os cuidados de saúde não são um alvo”, disse Margaret Harris, porta-voz da organização, numa conferência de imprensa em Genebra.

A organização tem sido muito sensível aos ataques contra os serviços de saúde desde o início da guerra na Faixa de Gaza.

No Líbano, “os números são verdadeiramente chocantes”, afirmou, referindo-se a “102 mortos e 83 feridos” em ataques contra serviços de saúde.

A OMS regista os ataques aos serviços de saúde, mas não atribui responsabilidades.

“No total tivemos 55 ataques verificados, mas o Ministério da Saúde informa que os números são muito mais elevados porque muitos trabalhadores estão a ser mortos e feridos quando não estão de serviço – e isto é importante porque os sistemas de saúde já estão sobrecarregados”, sublinhou Harris.

Os profissionais de saúde “já estão sobrecarregados e deslocados”, sublinhou a porta-voz, lamentando que se continuem “a perder profissionais de saúde precisamente quando são mais necessários”.

“Todos estão a lutar para obter o nível de cuidados de que necessitam devido aos ataques implacáveis ao sistema de saúde – e o sistema de saúde já estava sob enorme pressão”, recordou, devido à crise económica que o Líbano atravessa há anos e ao desafio de obter combustível para fazer funcionar os geradores dos hospitais.

“Os hospitais estão sobrecarregados com vítimas” e o sistema ‘está a carregar um enorme fardo’, acrescentou.

Desde que os combates se intensificaram no Líbano, em 23 de setembro, para enfraquecer o movimento pró-iraniano Hezbollah, morreram pelo menos 1.829 pessoas, segundo uma contagem da AFP baseada em dados do Ministério da Saúde.

NR/HN/Lusa

 

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