Investimento de 8 ME reabilita edifício inacabado no Hospital das Caldas da Rainha

10 de Novembro 2024

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Oeste vai investir oito milhões de euros na reabilitação de um edifício inacabado onde funcionam vários serviços do Hospital das Caldas da Rainha, anunciou hoje a instituição.

Em causa está “um edifício inacabado, com dois pisos, onde apesar das condições muito precárias funcionam diversos serviços”, divulgou o conselho de administração da ULS Oeste, reconhecendo como “prioritária” a reabilitação da estrutura integrada no Hospital das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria.

O edifício é ocupado pelos serviços de Cardiologia, Serviço Social, admissão de doentes e as consultas externas de Pediatria e de Oftalmologia.

“A reabilitação deste edifício é muito importante para a melhoria dos cuidados de saúde que prestamos à população em várias especialidades muito sensíveis, pelo que é uma notícia que foi recebida com grande satisfação”, afirma a presidente do conselho de administração, Elsa Baião, aludindo à aprovação de financiamento pelo Fundo de Reabilitação e Conservação Patrimonial, o qual irá financiar 80% da despesa da intervenção orçada em oito milhões de euros.

“O investimento a realizar é muito significativo e representa a aposta desta Unidade Local de Saúde no reforço das condições de funcionamento da Unidade Hospitalar de Caldas da Rainha”, acrescenta a responsável, citada num comunicado.

De acordo com a ULS, a reabilitação “vai permitir a melhoria da salubridade, da acessibilidade, da funcionalidade e do conforto, para utentes e profissionais” dos serviços ali instalados e ainda possibilitar a transferência da farmácia (que funciona em instalações modulares) para instalações definitivas.

Permitirá ainda a criação de uma Unidade de Citotóxicos, bem como transferir o Serviço de Sistemas de Informação e Comunicação e o respetivo ‘data center’ para as Caldas da Rainha.

A obra possibilitará também a criação de um espaço de cafetaria para utentes e acompanhantes, na proximidade das principais salas de espera da unidade das Caldas da Rainha, bem como transferir e ampliar a Unidade de Cirurgia de Ambulatório, dotando-a de uma sala cirúrgica própria.

E, igualmente, transferir e ampliar os hospitais de dia de Oncologia e de Imuno-hemoterapia, “criando condições para responder às atuais necessidades destes serviços”, lê-se no comunicado.

As áreas libertadas pelos serviços que passarão a funcionar no edifício a reabilitar “vão permitir dar resposta às necessidades de adaptação das instalações afetas ao Serviço de Aprovisionamento e Logística e ao Serviço de Gestão de Recursos Humanos, para acomodar adequadamente os novos recursos decorrentes da criação da ULS do Oeste”.

Outras das vantagens será a libertação de espaço para a ampliação da Neonatologia, bem como a ampliação das consultas externas e do laboratório de Patologia Clínica.

“Este projeto é muito mais do que intervir num único edifício, pois vai permitir o ajustamento de vários serviços e de várias outras infraestruturas, numa lógica estruturada de melhoria dos serviços deste hospital, servindo melhor a comunidade”, sublinha Elsa Baião.

O arranque dos trabalhos está previsto para o próximo ano e as obras deverão ficar concluídas até ao final de 2027, informa ainda a ULS, explicando que “a complexidade da intervenção a realizar obriga a uma calendarização também ela delicada”.

A ULS do Oeste agrega numa única entidade o Centro Hospitalar do Oeste (que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche) e os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do Oeste Norte e Oeste Sul.

A ULS do Oeste começou a funcionar em 01 de janeiro e integra os concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral, Peniche (ACES Oeste Norte), Lourinhã, Cadaval, Torres Vedras, Sobral Monte Agraço (ACES Oeste Sul), servindo uma população de mais de 235 mil residentes.

LUSA/HN

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