Os enfermeiros estavam entre aqueles que receberam a oferta original do Governo federal de incentivos financeiros para os funcionários que se demitam, mas os seus sindicatos desencorajaram-nos de aceitar, dizendo que um êxodo afetaria direta e imediatamente os cuidados dos seus 9,1 milhões de veteranos inscritos.

Um novo e-mail enviado na sexta-feira pela liderança do VA e consultado pela agência Associated Press (AP), incluía uma carta anexa do departamento de recursos humanos do VA e uma folha de cálculo com uma lista de mais de 130 ocupações rotuladas como “Pedidos de Isenção do VA”.

“Parece que é quase toda a gente. Estamos a tentar descobrir quem é elegível”, realçou Mary-Jean Burke, fisioterapeuta e líder da Federação Americana de Funcionários do Governo.

As funções que o VA considerou inelegíveis para a oferta de rescisão vão desde trabalhadores da lavandaria e cozinheiros a enfermeiros, farmacêuticos e médicos.

Os elegíveis, de acordo com a carta do VA, incluem funcionários em período experimental a tempo inteiro e possivelmente alguns funcionários que se iriam reformar em 2025.

“As pessoas estão assustadas [e] um pouco stressadas com a anormalidade de tudo isto”, vincou Burke.

Um porta-voz do VA disse que a agência trabalhou em estreita colaboração com a Casa Branca e o Gabinete de Gestão de Pessoal para identificar os cargos que não são elegíveis para o programa de despedimento.

“Isentar estas ocupações do programa irá garantir que o VA continue a prestar assistência médica de missão crítica, benefícios e serviços memoriais aos veteranos da nossa nação, às suas famílias, cuidadores e sobreviventes”, salientou o porta-voz.

Um juiz federal bloqueou na quinta-feira temporariamente o programa de demissões, que foi orquestrado pelo conselheiro de Trump, Elon Musk. O juiz ordenou que o Governo republicano prolongasse o prazo até segunda-feira.

Os enfermeiros do VA — o maior empregador do governo federal — constituem o maior grupo de trabalhadores federais, totalizando mais de 100.000 e representando 5% de todos os funcionários permanentes a tempo inteiro, de acordo com uma análise de dados de pessoal da AP.

LUSA/HN