Administração deixa ULS Alto Minho com melhores indicadores nos cuidados de saúde

10 de Fevereiro 2025

A administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) que cumpre hoje seu último dia em funções considera que, no último ano, “registou-se uma melhoria significativa dos indicadores de acesso e produtividade dos cuidados de saúde”.

Num comunicado interno dirigido aos trabalhadores da ULSAM, a que a agência Lusa teve acesso, o conselho de administração diz estar ciente de ter lançado “um vasto conjunto de projetos e iniciativas que irão projetar os resultados para níveis de excelência”.

De acordo com uma resolução do Conselho de Ministros hoje publicada em Diário da República (DR), é dissolvido, “por mera conveniência”, o atual conselho de administração da ULSAM, presidido por João Porfírio Oliveira.

O Governo justifica a decisão com “a necessidade de imprimir uma nova dinâmica à gestão ULSAM, sempre com o objetivo último de se alcançar uma efetiva melhoria no acesso aos cuidados de saúde”.

A partir de terça-feira, José Manuel de Araújo Cardoso assume a presidência do conselho de administração, Maria Helena Leite Ramalho o lugar de vogal executiva e diretora clínica para a área dos cuidados de saúde hospitalares, António Nelson Gomes Rodrigues de vogal executivo e diretor clínico para a área dos cuidados de saúde primários e Lúcia Silva Marinho de vogal executiva.

Na mensagem de despedida enviada hoje, a administração acrescenta ter abraçado “o desafio com muita energia, entrega e uma grande vontade de resolver os principais problemas” da região.

“Foi com esse espírito que, desde o primeiro dia, entendemos que era com os profissionais de saúde, com as autarquias e com todos os parceiros que em nós acreditaram que iríamos conseguir uma ULSAM mais próxima dos cidadãos e das comunidades”, sublinha.

Os administradores expressam “uma palavra de tremenda gratidão a todos os profissionais, pela disponibilidade constante na reflexão, na partilha de ideias e na vontade que sempre mostraram em participar no projeto iniciado há um ano e que tantos frutos deu”.

Para a administração, a “gratidão” estende-se “a todos os parceiros, nomeadamente as autarquias e demais atores locais, sem os quais não é possível construir uma plena integração de cuidados e com os quais foi possível estabelecer relações de trabalho que colocaram sempre os utentes em primeiro lugar”.

“O nosso caminho chega ao fim, mas não deixamos de acreditar no potencial e na capacidade de trabalho daqueles que todos os dias fazem da ULSAM o que é, nunca desistindo face dos desafios mais complexos. Desejamos à nova equipa de gestão muitos sucessos na construção de uma ULSAM para todos, com crescente qualidade assistencial e capaz de envolver toda a comunidade”, referem.

Na resolução do Conselho de Ministros de hoje, o Governo diz que, “apesar do esforço do atual conselho de administração (…) é necessário renovar a sua liderança, designando uma equipa que, de forma dialogante, cooperante e adaptativa, se revele mais ajustada ao novo desenho integrado de cuidados de saúde das unidades locais de saúde”.

“Com efeito, considera-se crucial que os novos membros da administração tenham a capacidade de enfrentar os desafios imediatos e operacionalizar as medidas estratégicas que se impõem, através de uma gestão sólida e eficaz, assegurando uma efetiva implementação da prestação de cuidados de saúde aos utentes, com qualidade e segurança”, acrescenta.

O novo conselho de administração foi aprovado em reunião do Conselho de Ministros a 30 de janeiro, um ano e um dia depois da tomada de posse da administração que hoje cessa funções.

No dia seguinte, após a Lusa ter noticiado que o enfermeiro diretor designado pelo Governo para o novo conselho de administração da ULSAM está a ser alvo de um inquérito interno por assédio sexual em contexto laboral, Luís Garcia colocou o lugar à disposição.

Numa nota divulgada nesse dia pelos advogados do enfermeiro é referido que Luís Garcia “desconhece a instauração de qualquer inquérito interno por assédio sexual em contexto laboral”, e acrescenta que “nunca foi notificado”.

NR/HN/Lusa

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