Emergência pré-hospitalar prolongada até abril com mais 50 ambulâncias nos bombeiros

25 de Fevereiro 2025

O dispositivo de emergência pré-hospitalar para responder ao aumento da procura das urgências no inverno vai prolongar-se até ao fim de abril com 50 ambulâncias em vez das atuais 100, revelou hoje a Liga dos Bombeiros.

O Dispositivo Especial de Emergência Pré-Hospitalar (DEEPH), que entrou em funcionamento em 01 de dezembro de 2024 e terminava em 28 de fevereiro, estabelecia a constituição de 100 equipas de emergência pré-hospitalar nos corpos de bombeiros “para garantir a resposta ao previsível acréscimo de emergências relacionadas com a gripe e outros vírus respiratórios”.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), António Nunes, disse hoje à Lusa que o dispositivo de emergência pré-hospitalar vai continuar até ao final de abril, passando a estar nos corpos dos bombeiros cerca de 50 ambulâncias adicionais em vez das 100 que estavam atualmente.

“O DEEPH foi acordado entre a LBP e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para reforçar a resposta dos bombeiros no período gripal. Agora fica estabelecido que, face ao número das intervenções realizadas, tem toda a lógica dar continuidade a esse dispositivo com, para já, pelo menos 50 ambulâncias por mais dois meses”, precisou.

António Nunes avançou que, caso seja necessário, poderá existir “um reforço pontual em algumas zonas urbanas”, podendo as equipas de emergência pré-hospitalar chegar às 60.

Segundo o presidente da Liga, a continuidade do DEEPH está relacionada com as transferências de doentes entre hospitais, encerramento de alguns serviços de urgência e tempos de espera das macas nas unidades de saúde, além dos casos de gripe.

No âmbito Dispositivo Especial de Emergência Pré-Hospitalar, as 100 equipas realizaram cerca de 30 mil serviços entre 01 de dezembro de 2024 e 15 de fevereiro, de acordo com a LBP.

António Nunes disse ainda que este reforço de cerca de 50 ambulâncias acontece sobretudo nas zonas urbanas.

Este dispositivo foi criado por um despacho da ministra da Saúde, Ana Paula Martins.

Publicado em 19 de novembro de 2024, o diploma estabelecia que as equipas são compostas por dois bombeiros e têm como objetivo reforçar “a capacidade de resposta em sede de emergência pré-hospitalar e transportes secundários de doentes em sede de transferências inter-hospitalares urgentes, muito urgentes ou emergentes”.

O INEM transfere para as associações de bombeiros que integrem o dispositivo o montante diário de 247,04 euros por cada equipa, para comparticipar os encargos da sua constituição e operação por 24 horas por dia.

Além das ambulâncias do INEM que há nos corpos de bombeiros, existe também agora este reforço adicional na capacidade de resposta através deste dispositivo de emergência pré-hospitalar.

lusa/HN

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