Papa Francisco passa “noite tranquila” após crise respiratória

1 de Março 2025

O Papa Francisco passou uma "noite tranquila", após ter enfrentado uma "crise respiratória isolada", indicou hoje o Vaticano.

“O Papa teve uma noite tranquila e está a descansar”, disse o Vaticano num breve comunicado, depois de na sexta-feira Francisco ter tido um ataque isolado de broncoespasmo e um agravamento repentino dos sintomas respiratórios, embora tenha respondido bem à terapêutica.

O prognóstico do pontífice, de 88 anos e internado há duas semanas, permanece “reservado”.

O quadro clínico é atualizado diariamente pelos médicos que relatam, desde a sua entrada no hospital Gemelli, em Roma, uma melhora regular – ainda que ligeira e lenta – dos seus sinais vitais.

Na manhã de sexta-feira, o Vaticano revelou que Francisco já não se encontrava em estado crítico, e prosseguia o seu tratamento e fisioterapia respiratória, mas a sua condição de saúde era complexa e o prognóstico reservado.

Uma horas depois, em comunicado, o Vaticano informava que “ao início da tarde, depois de uma manhã dedicada à fisioterapia respiratória e à oração na capela” do hospital Gemelli, “o Santo Padre sofreu um ataque isolado de broncoespasmo que o levou a um episódio de vómitos por inalação e a um agravamento repentino da sua condição respiratória”.

Francisco recebeu imediatamente assistência “não invasiva” (por máscara de oxigénio), à qual respondeu bem e permaneceu permanentemente “alerta e orientado” no espaço e no tempo, destaca o comunicado de imprensa.

De acordo com uma fonte do Vaticano, citada pela AFP, “os médicos precisam de 24 a 48 horas para avaliar o impacto desta crise no cenário clínico geral”.

“O Papa, no entanto, continua de bom humor”, acrescentou a fonte.

O internamento – o quarto e mais longo desde o início do seu pontificado, em 2013 – levanta sérias preocupações, uma vez que o Papa já estava enfraquecido por uma série de problemas nos últimos anos, que vão desde operações ao cólon e abdómen até dificuldades em caminhar.

A hospitalização do pontífice, que é líder espiritual de 1,4 mil milhões de católicos e chefe do Estado do Vaticano, reacendeu as dúvidas sobre a sua capacidade para desempenhar as suas funções e as especulações sobre uma possível renúncia.

lusa/HN

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