Legenda da imagem: Células renais infetadas com HEV estão marcadas com um corante fluorescente verde. As células não infetadas estão coradas a azul. © TWINCORE A imagem só pode ser utilizada no contexto do comunicado de imprensa “Vírus à solta”, publicado pela RUB a 2 de julho de 2025.
Investigadores da Ruhr-Universität Bochum e do TWINCORE, na Alemanha, conseguiram provar que o vírus da Hepatite E (HEV), conhecido por causar inflamação severa no fígado, é também capaz de infetar e completar o seu ciclo de replicação em células renais. Esta descoberta inédita, publicada a 27 de junho de 2025 na revista Liver International, revela que os rins podem funcionar como reservatório do vírus, dificultando a eficácia de tratamentos antivirais como a ribavirina, que se mostram menos eficazes nas células renais do que nas hepáticas, possivelmente devido às diferenças metabólicas entre os dois órgãos. O estudo envolveu ainda uma análise genética comparativa de vírus retirados de plasma sanguíneo, fezes e urina de doentes crónicos, demonstrando que as populações virais evoluem de forma independente no fígado e nos rins. Estes resultados levantam preocupações quanto ao risco de recidiva após tratamentos considerados bem-sucedidos, sobretudo em pacientes imunossuprimidos, como transplantados ou pessoas com VIH, e abrem novas perspetivas para a investigação de tratamentos mais eficazes contra a Hepatite E.
Link para o artigo na Liver International
Referências: Avista Wahid, Nele Meyer et al.: Extrahepatic Replication and Genomic Signatures of the Hepatitis E virus in the Kidney, in: Liver International, 2025, DOI: 10.1111/liv.70183, https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/liv.70183
NR/HN/ALphaGalileu0404
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