Montenegro diz que o Governo não tem “fantasmas” e critica quem procura descobrir perturbações

20 de Julho 2025

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse hoje que não há “fantasmas” no seu governo e criticou os que “andam permanentemente a tentar descobrir perturbações”, vincando que o executivo pretende apenas resolver os problemas das pessoas.

“Nós não estamos no Governo para nos distrairmos com aquilo que os outros andam a dizer, com aquilo que os outros andam permanentemente a tentar descobrir como perturbações, como fantasmas nas vidas de todos nós”, avisou, reforçando: “Nós não temos fantasmas no nosso Governo. Nós temos pessoas. Nós temos problemas e queremos resolver.”

O primeiro-ministro e líder do PSD falava na festa anual da estrutura social-democrata da Madeira, na Herdade do Chão da Lagoa, localizada nas montanhas sobranceiras ao Funchal, considerado o maior evento partidário organizado na região, com a presença de milhares de pessoas e de todos os dirigentes regionais.

“Nós não estamos no Governo à espera de descobrir papões, estamos no Governo para encontrar soluções para os problemas das pessoas”, afirmou.

Na sua intervenção, Luís Montenegro pediu confiança no projeto governamental, sublinhando que o executivo da AD vai continuar a criar mais riqueza, porque “a melhor maneira de combater a pobreza é criando riqueza”.

“Precisamos de ter bons recursos humanos […] e precisamos também atrair e integrar bem os nossos imigrantes”, alertou, para logo atacar os críticos das políticas de imigração promovidas pelo executivo.

“Quando os outros olham para nós e veem que uma política de regulação e dignificação da imigração para eles significa ódio, eles não sabem a realidade que têm pela frente”, disse, reforçando: “E eles, que não sabem a realidade que têm pela frente, mostram que não estão ao nível de ter responsabilidade de governo em Portugal.”

Luís Montenegro considerou que a festa do PSD na Herdade do Chão da Lagoa é “única em Portugal”, vincando que se trata de um grande encontro da “família social-democrata” e uma “celebração da portugalidade”.

“Nós, no PSD nacional, temos muito orgulho no PSD/Madeira e no que fez nos últimos 50 anos”, disse, depois de ter percorrido as 54 barracas de comes e bebes, representando as comissões políticas das 54 freguesias da região autónoma, e ainda barrancas da JSD, dos TSD e do Núcleo de Emigrantes.

O primeiro-ministro prometeu, por outro lado, solução para alguns dos dossiês pendentes entre a República e região autónoma, liderada pelo PSD desde 1976, nomeadamente a revisão da lei das finanças regionais.

“O Governo da República está empenhado em poder, com as regiões autónomas, trabalhar para termos uma lei de finanças regionais que dê previsibilidade e sustentabilidade às finanças regionais, para que haja condições de servir o povo das regiões autónomas”, disse.

O primeiro-ministro assegurou que o executivo nacional vai também continuar a cofinanciar o novo Hospital Central e Universitário do Funchal, uma maiores obras públicas do país atualmente em curso, orçada em mais de 340 milhões de euros.

Também garantiu que o executivo vai criar condições colocar em funcionamento uma plataforma digital para processar o reembolso do subsídio social de mobilidade.

Luís Montenegro sublinhou que o executivo PSD/CDS-PP é de “inspiração social-democrata” e “não deixa ninguém para trás”, apontando como exemplo a redução de impostos e o suplemento para os pensionistas.

“A intenção do executivo não é eleitoralista, mas de justiça social”, argumentou.

lusa/HN

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