Espanha reforça cuidados primários para crianças e mulheres em Inhambane

25 de Julho 2025

A Agência Espanhola de Cooperação (AECID) anunciou apoio aos cuidados primários de saúde para crianças e mulheres na província moçambicana de Inhambane. O diretor Antón Leis revelou o projeto durante o Fórum Global de Inovação para Imunização em Maputo

A Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) comprometeu-se esta quarta-feira a apoiar o reforço dos cuidados primários de saúde dirigidos a crianças e mulheres na província de Inhambane, sul de Moçambique. O anúncio foi feito pelo diretor da AECID, Antón Leis, durante o Fórum Global de Inovação e Ação para Imunização e Sobrevivência Infantil – 2025, que decorreu em Maputo.

“Em Inhambane estamos a trabalhar no âmbito da saúde primária e nas questões de sobrevivência infantil. Vamos apoiar no âmbito da atenção à saúde primária nos sistemas de saúde”, declarou Antón Leis à Lusa à margem do evento. O responsável adiantou que “é um projeto que neste momento ainda estamos a trabalhar com o Ministério da Saúde para a materialização neste ano”.

Leis destacou o Centro de Investigação em Saúde da Manhiça, na província de Maputo, como exemplo bem-sucedido da cooperação espanhola em investigação, elogiando os avanços moçambicanos no combate à malária e tuberculose. “A saúde global fez muitos progressos em Moçambique no âmbito da sobrevivência das crianças”, afirmou, prometendo “estreitar a nossa cooperação” com o Governo, reforçando uma relação de longa data.

O fórum, que reuniu mais de 300 delegados de 29 países, incluindo ministros da Saúde, cientistas e organizações civis, foi coorganizado pelos Ministérios da Saúde de Moçambique e da Serra Leoa, Governo espanhol, Fundação “la Caixa”, Fundação Bill e Melinda Gates e UNICEF.

Eduardo Samo Gudo, diretor-geral do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS), sublinhou durante o evento uma “redução histórica e sem precedentes” da mortalidade infantil global nas últimas décadas – de 12,8 milhões para 4,8 milhões de mortes anuais em crianças menores de cinco anos entre 1990 e 2023. Alertou, contudo, para a desaceleração deste ritmo desde 2015, com risco de 60 países africanos não cumprirem as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

NR/HN/Lusa

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