ULS Amadora/Sintra anuncia plano para cortar tempos de espera nas urgências do HFF

26 de Julho 2025

O Conselho de Administração da ULS Amadora/Sintra anunciou medidas urgentes para reduzir tempos de espera no Hospital Fernando Fonseca. Incluem integração de serviços, reforço de equipas e redirecionamento para Sintra, após reunião com a Ordem dos Médicos

O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora/Sintra reforçou publicamente o compromisso de reduzir os tempos de espera no Serviço de Urgência Geral do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF). Em comunicado a administração reconheceu que as dificuldades na urgência do HFF são “um desafio estrutural” que perdura há décadas, exigindo “soluções inovadoras centradas nas necessidades dos utentes”.

Desde a tomada de posse há quatro meses, o Conselho implementa medidas como a integração das urgências Básica e Médico-Cirúrgica do HFF, otimizando recursos num modelo de gestão única. Paralelamente, está em curso o reajustamento diário de profissionais conforme a procura, além do redirecionamento de casos não urgentes para o Serviço de Urgência Básica (SUB) do novo Hospital de Sintra – este último considerado uma “oportunidade estratégica” para aliviar a pressão no HFF.

O plano inclui ainda o reforço de equipas: no primeiro semestre de 2025, contrataram-se 61 novos profissionais para o hospital e 31 para Cuidados de Saúde Primários, além de uma nova coordenação conjunta para as urgências do HFF e Hospital de Sintra. Está também em preparação a criação de um Centro de Responsabilidade Integrada, que introduzirá critérios de produtividade e qualidade na remuneração dos profissionais.

O Conselho referiu “resistências” a estas mudanças, mas destacou o diálogo com a Ordem dos Médicos, com quem realizou uma reunião esta semana após pedido de esclarecimentos da entidade. A colaboração da Ordem foi considerada “fundamental para encontrar soluções em prol da segurança dos utentes”.

A administração lamentou tentativas de “criar alarme social” sobre as reformas, sublinhando que o foco deve permanecer na “melhoria dos cuidados” e na redução de tempos de espera.

CI/HN

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