![]()
O Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP) assinala o Dia Mundial do Cancro do Pulmão, celebrado a 1 de agosto, alertando para a realidade preocupante desta doença em Portugal, mas também destacando os progressos significativos no seu tratamento.
A região Norte do país concentra 36% da mortalidade associada a esta patologia, que continua a ter no tabaco o seu principal fator de risco, sendo responsável por 80 a 85% dos casos diagnosticados. O aumento do tabagismo entre as mulheres e o início precoce do consumo têm contribuído para o crescimento alarmante da mortalidade feminina nos últimos anos.
Daniela Madama, membro da Comissão Científica do GECP, destaca que a medicina de precisão revolucionou o tratamento do cancro do pulmão, permitindo terapêuticas mais eficazes e menos agressivas. “Atualmente, conseguimos oferecer opções de tratamento personalizadas, ajustadas às características biológicas de cada tumor, e isso está a ter um impacto real na redução da mortalidade e na qualidade de vida dos doentes”, afirma a especialista.
Os avanços terapêuticos têm demonstrado resultados positivos: nos últimos 20 anos, a mortalidade prematura associada ao cancro do pulmão em Portugal diminuiu de 37,3% em 2003 para 27,7% em 2023, considerando pessoas com menos de 65 anos.
O GECP celebra também o avanço recente de dois projetos-piloto de rastreio do cancro do pulmão, uma iniciativa há muito aguardada pela comunidade médica. Para assinalar a data, o grupo disponibiliza nas suas redes sociais o vídeo “O Cancro do Pulmão em Portugal”, que além de alertar para a realidade da doença, transmite uma mensagem de esperança face aos avanços nos tratamentos.
Em 2022, Portugal registou mais de 5 mil novos casos de cancro do pulmão, sendo a terceira neoplasia mais frequente no país e a principal causa de morte por doença oncológica, tendo provocado 5.077 óbitos nesse ano.
PR/HN



0 Comments