Em declarações à agência Lusa, Mónica Antunes, uma das utentes e promotoras do evento, explicou que a situação de falta de profissionais “tem vindo a agravar-se com o tempo” e que agora “ainda há mais problemas”.

“O encontro tem como objetivo ter um bom funcionamento do centro de saúde para todos. Desde o início do ano estão 2.100 utentes, eram 2.330 mas foram enviados para [centros de saúde] de Sacavém e Moscavide, sem médico de família”, referiu.

Segundo Mónica Antunes, há utentes que estão “semanas, meses sem receituário e sem consultas”, devido à falta de médicos.

“A população está descontente e está a exigir um direito que é seu. O direito à saúde está consagrado na Constituição da República Portuguesa e é assegurado pelo Serviço Nacional de Saúde, que tem o dever de garantir que todos os cidadãos tenham acesso a cuidados de saúde”, frisou.

Mónica Antunes lembrou que a “maior preocupação é com as pessoas com mais idade, associada à falta de mobilidade”, e acrescentou que uma boa parte da freguesia é composta por uma população envelhecida.

De acordo com os dados fornecidos, o centro de saúde, “para funcionar dentro da normalidade, deveria ter quatro médicos” para um universo entre sete e oito mil utentes, mas, atualmente, só estão dois médicos na unidade de saúde, sendo que um se encontra de férias.

A concentração de utentes junto ao equipamento, na Rua de Moçambique, está agendada para as 18:00 de terça-feira.

O concelho de Loures localiza-se no distrito de Lisboa.

lusa/HN