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A Associação Portuguesa de Fertilidade (APF) manifestou hoje profunda preocupação relativamente à redução do peso da educação sexual na disciplina de Cidadania, tema que se encontra em consulta pública até ao final desta semana.
A presidente da APF, Cláudia Vieira, enfatizou a importância vital da literacia em saúde sexual e reprodutiva na formação de cidadãos informados e conscientes, defendendo que esta componente educativa é fundamental para a proteção da saúde dos jovens.
Esta posição surge na sequência da divulgação da nova Estratégia Nacional para a Educação para a Cidadania e das Aprendizagens Essenciais para a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, que prevê uma redução na abordagem de temas como a sexualidade.
A APF defende que a educação sexual deve permanecer como uma componente central do currículo escolar, salientando que esta temática abrange questões cruciais como o autoconhecimento, consentimento, prevenção de infeções sexualmente transmissíveis e autonomia reprodutiva.
A proposta governamental tem gerado contestação generalizada por parte de especialistas, docentes e forças políticas, que consideram estas alterações um retrocesso significativo nas políticas educativas.
O ministro da Educação, Fernando Alexandre, procurou tranquilizar os diversos setores da sociedade, garantindo que os conteúdos relacionados com a Educação Sexual permanecerão nos programas curriculares.
Perante este cenário, Cláudia Vieira apelou à sensibilidade do Governo e do Ministério da Educação para reconsiderarem a importância destes conteúdos programáticos, defendendo que a educação sexual transcende questões políticas e deve basear-se em evidências científicas.
NR/HN/Lusa



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