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O enviado especial do presidente dos Estados Unidos ao Médio Oriente, Steve Witkoff, realizou uma visita a um centro de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, acompanhado pelo embaixador norte-americano em Israel, Mike Huckabee.
A visita, que decorreu sob proteção militar israelita, foi documentada nas redes sociais pelo próprio embaixador Huckabee. As imagens mostram Witkoff equipado com colete à prova de bala e um boné MAGA, símbolo do movimento “Make America Great Again” associado a Donald Trump.
Durante a visita, as autoridades norte-americanas receberam informações do Exército israelita sobre as operações da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), que afirma ter distribuído 100 milhões de refeições nos últimos dois meses.
A GHF, uma organização apoiada pelos Estados Unidos e Israel, tem estado no centro de uma crescente polémica. Apesar de ser atualmente o principal canal de distribuição de ajuda humanitária em Gaza, a fundação tem enfrentado críticas severas das Nações Unidas, que se recusaram a estabelecer parcerias com a organização.
A situação humanitária em Gaza permanece crítica desde o início do conflito, desencadeado pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. As Nações Unidas alertam para o risco de “fome generalizada” no território, que depende criticamente de ajuda externa.
Num desenvolvimento paralelo à visita de Witkoff, um relatório da ONU divulgado hoje revela que cerca de 1.400 palestinianos perderam a vida desde 27 de maio na Faixa de Gaza, maioritariamente em incidentes relacionados com a distribuição de alimentos próximo aos centros da GHF.
O embaixador Huckabee defendeu a atuação da fundação, alegando que o Hamas se opõe à GHF por esta garantir a distribuição direta de alimentos à população, evitando desvios. Diariamente, milhares de residentes de Gaza concentram-se junto aos quatro centros de distribuição estabelecidos pela fundação.
Esta visita ocorre num momento em que, apesar do alívio parcial do bloqueio israelita implementado no final de maio, as organizações internacionais continuam a considerar insuficiente o volume de ajuda humanitária que chega ao território.



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