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A Microsoft anunciou hoje os resultados de um estudo publicado na revista Radiology que apresenta uma nova abordagem ao rastreio do cancro da mama através de inteligência artificial. O projeto, desenvolvido no AI for Good Lab em parceria com a Universidade de Washington e o Centro Oncológico Fred Hutchinson, introduz um modelo inovador denominado FCDD (Fully Convolutional Data Description).
O FCDD distingue-se pela sua capacidade de detetar anomalias ao aprender o padrão de exames mamários normais, em vez de tentar identificar diferentes tipos de cancro. Esta metodologia revelou-se particularmente eficaz em testes realizados com mais de 9.700 exames de ressonância magnética mamária, onde apenas 1,85% dos casos apresentavam cancro.
Os resultados demonstram que o modelo conseguiu duplicar o valor preditivo positivo em comparação com os sistemas tradicionais, reduzindo os falsos alarmes em mais de 25%. O FCDD gera ainda mapas térmicos que identificam visualmente a localização suspeita do tumor, atingindo 92% de precisão quando comparado com as avaliações de radiologistas especialistas.
Savannah Partridge, Professora de Radiologia na Universidade de Washington e autora senior do estudo, destaca que o modelo pode ser aplicado tanto a exames de ressonância magnética mamária com contraste abreviados como a protocolos de diagnóstico completos, potencialmente reduzindo os tempos de exame e interpretação.
A Microsoft disponibilizou publicamente o código e a metodologia do projeto através do GitHub, permitindo o acesso à comunidade científica. O modelo será submetido a testes adicionais em populações clínicas mais amplas e diversificadas para validar a sua eficácia em diferentes contextos.
PR/HN



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