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Portugal Continental enfrentou um aumento significativo na mortalidade durante o recente período de calor intenso, com 264 óbitos acima do esperado, representando um acréscimo de 21,2% face às previsões iniciais. Os dados, divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), revelam que o impacto foi particularmente severo na população com 75 ou mais anos de idade e na região Norte do país.
O período crítico, que teve início a 25 de julho de 2025, coincidiu com uma vaga de calor que assolou o território continental. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê um agravamento da situação nos próximos dias, com as temperaturas a poderem ultrapassar os 40°C em diversas regiões, especialmente durante o fim de semana.
De acordo com o índice ÍCARO, calculado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), antecipa-se um impacto muito significativo das temperaturas na mortalidade, com especial incidência nas regiões Norte, Centro e Alentejo.
Em resposta à situação, a DGS, em colaboração com a Direção Executiva do SNS e estruturas locais, ativou planos de contingência específicos. A autoridade de saúde intensificou também a sua comunicação com a população através de diversos canais, alertando para os riscos associados às temperaturas extremas.
As autoridades de saúde sublinham que as temperaturas elevadas podem provocar desidratação e descompensação de doenças crónicas, afetando particularmente os grupos mais vulneráveis. Estes incluem pessoas com doenças crónicas, idosos, crianças, grávidas, trabalhadores expostos ao ar livre e pessoas em situação de sem-abrigo ou isolamento social.
A DGS mantém uma monitorização constante da situação, prevendo a possibilidade de um período prolongado de excesso de mortalidade, especialmente nos grupos etários mais avançados. A autoridade de saúde apela à população para que siga as recomendações disponibilizadas no seu website, visando minimizar os impactos negativos das temperaturas extremas na saúde pública.
NR/HN/Lusa



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