UE disponibiliza 22 milhões de euros para hospitais palestinianos em Jerusalém Oriental

2 de Agosto 2025

A União Europeia aprovou um financiamento de 22 milhões de euros para apoiar a Rede de Hospitais de Jerusalém Oriental, reforçando os serviços de saúde especializados para pacientes palestinianos de Gaza e da Cisjordânia

A União Europeia anunciou um apoio financeiro de 22 milhões de euros destinado à Rede de Hospitais de Jerusalém Oriental, através da Autoridade Palestiniana. O pacote de financiamento, que conta ainda com uma contribuição adicional de um milhão de euros por parte de Itália, visa garantir a continuidade dos serviços médicos especializados numa região fortemente afetada pelo conflito.

A rede, composta por seis unidades hospitalares, enfrenta atualmente uma pressão significativa devido ao conflito em curso e às consequências económicas da guerra na Faixa de Gaza. Estas unidades são fundamentais no sistema de saúde palestiniano, oferecendo serviços médicos especializados não disponíveis nos hospitais públicos.

O apoio insere-se no Programa Plurianual e Global para a Recuperação e Resiliência da Palestina, avaliado em 1,6 mil milhões de euros. O montante deste ano representa um aumento em relação ao período anterior, refletindo a deterioração da situação no terreno.

Desde 2013, a UE e os seus Estados-membros já contribuíram com mais de 213 milhões de euros para os reencaminhamentos médicos para estes hospitais. Os fundos são geridos através do mecanismo PEGASE, que assegura uma gestão transparente e segura da ajuda socioeconómica.

A Comissão Europeia está a desenvolver um Grupo de Doadores Palestinianos, onde o PEGASE será apresentado como sistema preferencial para a canalização de apoios à Autoridade Palestiniana.

Este financiamento surge num contexto particularmente crítico, marcado por uma ofensiva que teve início após os ataques de 7 de outubro de 2023, perpetrados pelo Hamas no sul de Israel, que resultaram em aproximadamente 1.200 mortos e mais de 200 reféns.

O conflito subsequente causou mais de 60 mil vítimas mortais, provocou a destruição generalizada das infraestruturas em Gaza e forçou centenas de milhares de pessoas a abandonarem as suas casas. O bloqueio à ajuda humanitária imposto por Israel resultou em mais de 150 mortes por desnutrição e fome, afetando principalmente crianças.

NR/HN/Lusa

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