Centro de Saúde Norton de Matos sob críticas por temperaturas extremas nos gabinetes médicos

6 de Agosto 2025

Movimento de Utentes denuncia condições térmicas inadequadas no Centro de Saúde Norton de Matos, em Coimbra, onde profissionais trabalham com temperaturas superiores a 30°C. Problema já tinha sido reportado no inverno, sem solução eficaz

O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) de Coimbra denunciou hoje as condições térmicas inadequadas em que trabalham os profissionais do Centro de Saúde Norton de Matos, onde as temperaturas nos gabinetes ultrapassam os 30 graus Celsius.

De acordo com o movimento, a situação não só compromete a saúde e bem-estar dos profissionais, como também afeta negativamente a qualidade do serviço prestado à população. O MUSP relembra que no inverno passado já tinha apresentado queixas semelhantes relativamente às baixas temperaturas, tendo na altura recebido como resposta apenas o fornecimento de casacos polares.

Face à situação atual, o movimento exige a instalação urgente de sistemas de climatização adequados nos gabinetes e apela a uma avaliação técnica das condições térmicas, bem como à implementação de medidas permanentes que garantam condições dignas de trabalho ao longo de todo o ano.

O MUSP alertou ainda que as obras previstas pela Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra para o Centro de Saúde Norton de Matos não contemplam melhorias nas atuais instalações, que continuarão a albergar quatro Unidades de Saúde Familiar.

A ULS de Coimbra, confrontada com a situação, admitiu que a unidade não reúne as condições necessárias para garantir o conforto e segurança tanto dos profissionais como dos utentes. A entidade reconheceu tratar-se de um problema estrutural já identificado há muito tempo, que necessita de uma intervenção profunda.

Está prevista uma requalificação do edifício, sob responsabilidade da Câmara Municipal de Coimbra, inserida no plano de investimentos para a modernização dos cuidados de saúde primários. A ULS de Coimbra afirmou manter um diálogo próximo com a autarquia, acompanhando o processo e procurando implementar soluções transitórias para minimizar os impactos das condições atuais.

NR/HN/Lusa10

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

SIM defende transição faseada para vínculos estáveis no SNS

O Sindicato Independente dos Médicos afasta a possibilidade de convocar uma greve sobre o regime dos tarefeiros, reconhecendo o seu papel no SNS. A estrutura sindical alerta, no entanto, para o precedente perigoso de negociar com estes prestadores sem enquadramento legal, defendendo antes medidas que tornem a carreira hospitalar mais atrativa face a uma despesa que ronda os 300 milhões de euros anuais

Tempestade Cláudia obriga a medidas de precaução na Madeira

A depressão Cláudia, estacionária a sudoeste das ilhas britânicas, vai afetar o arquipélago da Madeira com ventos fortes, aguaceiros e agitação marítima significativa. As autoridades regionais de Proteção Civil emitiram recomendações para minimizar riscos, incluindo a desobstrução de sistemas de drenagem e evitar zonas costeiras e arborizadas

Carina de Sousa Raposo: “Tratar a dor é investir em dignidade humana, produtividade e economia social”

No Dia Nacional de Luta contra a Dor, a Health News conversou em exclusivo com Carina de Sousa Raposo, do Comité Executivo da SIP PT. Com 37% da população adulta a viver com dor crónica, o balanço do seu reconhecimento em Portugal é ambíguo: fomos pioneiros, mas a resposta atual permanece fragmentada. A campanha “Juntos pela Mudança” exige um Plano Nacional com metas, financiamento e uma visão interministerial. O principal obstáculo? A invisibilidade institucional da dor. Tratá-la é investir em dignidade humana, produtividade e economia social

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights