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Uma doença silenciosa que afeta quase um milhão de portugueses está no centro de uma nova campanha de sensibilização que percorrerá várias praias do país este mês. A iniciativa “O Rim não Dói”, organizada pela Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR), com apoio científico da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN), pretende alertar a população para a importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença renal crónica.
Paulo Urbano, Presidente da APIR, destaca o impacto significativo desta doença na vida dos pacientes, que enfrentam uma rotina marcada por exames frequentes, restrições alimentares e, em muitos casos, necessidade de diálise. O dirigente realça ainda os elevados níveis de ansiedade, stress e depressão associados à condição.
De acordo com o Professor Edgar Almeida, da SPN, a doença renal crónica atinge 9,8% da população portuguesa, representando uma das taxas mais elevadas da Europa. Em 2024, 2.506 pessoas iniciaram tratamentos de diálise, contribuindo para um total de 14.089 pacientes em tratamento no final do ano.
A campanha decorrerá entre 9 e 16 de agosto, com ações de sensibilização nas praias da Figueira da Foz, Carcavelos, Sesimbra (Praia de Alfarim), Portimão, Quarteira (Praia do Forte Novo) e Lagos (Praia Porto Mós). Esta iniciativa visa especialmente alertar grupos de risco, como pessoas com diabetes, hipertensão ou histórico familiar de doença renal.
Os principais sintomas incluem cansaço excessivo, inchaço nos membros, alterações urinárias, hipertensão arterial e fraqueza muscular. No entanto, a doença caracteriza-se pela ausência de sintomas nas fases iniciais, tornando crucial a realização de exames preventivos regulares.
Os especialistas recomendam consultas regulares, análises de rotina incluindo creatinina e taxa de filtração glomerular, controlo da tensão arterial e diabetes, além da manutenção de um estilo de vida saudável. A campanha pode ser acompanhada através do site orimnaodoi.pt e nas redes sociais.
PR/HN



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