O diretor nacional de saúde pública de Moçambique, Quinhas Fernandes, apelou hoje em Maputo para que se evite o pânico e a desinformação em relação à mpox, numa estratégia que visa prevenir a discriminação contra as pessoas infetadas.
Durante uma conferência de imprensa na capital moçambicana, Fernandes destacou o caso registado em 2022 na província de Maputo como exemplo de uma situação bem gerida, sem desinformação associada.
Atualmente, Moçambique contabiliza 31 casos da doença distribuídos por três províncias, dos quais 13 já recuperaram. Não há registo de óbitos associados à mpox no país.
O Governo moçambicano anunciou que vai receber vacinas em setembro para conter um possível cenário de alastramento. O porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, confirmou que o Ministério da Saúde manterá um stock de vacinas para casos que necessitem de prevenção.
As autoridades sanitárias reforçaram a vigilância fronteiriça com equipas de rastreio e testagem. O país dispõe de capacidade para realizar 4.000 testes localmente, tendo já utilizado mais de 150 durante o atual surto.
Na África austral, desde o início do ano, foram notificados 77.458 casos e 501 óbitos em 22 países. O primeiro caso em Moçambique foi identificado em outubro de 2022, em Maputo.
O país possui agora capacidade de testagem nas províncias, com 4.000 testes disponíveis e mil reagentes para identificação de estirpes em casos positivos, representando uma evolução significativa na capacidade de resposta nos últimos três anos.
NR/HN/Lusa
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