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Um dos principais obstáculos à procura de ajuda é o estigma social e cultural, que leva muitos homens a sentirem vergonha de falar sobre o assunto, seja com o parceiro ou com o médico. Existe ainda a ideia errada de que a disfunção erétil é uma consequência natural do envelhecimento ou um sinal de fraqueza, o que contribui para o silêncio em torno do problema.
A disfunção erétil não está limitada a homens de idade avançada. Estima-se que até 30% dos homens com menos de 40 anos possam ser afetados, enquanto a percentagem aumenta progressivamente com a idade: 29% entre os 40 e os 49 anos, 50% entre os 50 e os 59 e 74% entre os 60 e os 69 anos. Importa ainda desmistificar que esta condição está relacionada com a falta de desejo sexual, pois o problema reside na dificuldade em obter ou manter uma ereção, enquanto o desejo pode permanecer intacto.
Ignorar os sinais da disfunção erétil pode ter consequências que vão muito além da esfera sexual, afetando a saúde emocional e psicológica dos indivíduos, com o surgimento de ansiedade, depressão e baixa autoestima, além de causar problemas nos relacionamentos conjugais. Mais grave ainda, pode significar negligenciar doenças crónicas que, se não tratadas, podem evoluir para situações mais perigosas.
O recurso a tratamentos “naturais” ou produtos vendidos sem controlo, especialmente pela internet, pode ser perigoso, particularmente se combinados com medicamentos para outras doenças crónicas. Por isso, é fundamental que qualquer tratamento seja acompanhado por um profissional de saúde.
O primeiro passo para resolver a disfunção erétil é falar abertamente sobre o problema, ultrapassando o silêncio e o preconceito. Procurar ajuda médica precoce permite não só tratar a condição de forma eficaz, mas também identificar e controlar possíveis doenças subjacentes, melhorando a qualidade de vida e prevenindo complicações futuras
NR/PR/HN



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