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O ensaio clínico centra-se em avaliar se a administração de psilocibina, num contexto de apoio psicoterapêutico, pode reduzir a depressão e a ansiedade, além de melhorar a qualidade de vida de doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), Esclerose Múltipla (EM), Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e Doença de Parkinson e outros parkinsonismos (DPA). O primeiro doente foi incluído no UMCG, nos Países Baixos, sendo este o centro responsável pelo tratamento da DPOC.
Além do UMCG, o estudo conta com a participação da Fundação Champalimaud em Portugal, que trata casos de DPA, do Instituto Nacional de Saúde Mental na República Checa, focado na EM, e da Universidade de Copenhaga e Hospital Bispebjerg na Dinamarca, que se dedicam à ELA. O ensaio prevê a inclusão de mais de 100 doentes em toda a Europa, cada um submetido a duas sessões de terapia com doses terapêuticas ou não terapêuticas de psilocibina, administradas em ambiente clínico controlado.
Esta iniciativa representa a primeira vez na Europa que uma substância psicadélica é estudada num ensaio clínico dirigido a doentes em cuidados paliativos, com exceção dos casos oncológicos. A medicação utilizada e toda a cadeia de abastecimento são suportadas pela empresa alemã Avextra Pharma, dedicada à investigação e desenvolvimento de medicamentos à base de plantas. O consórcio PsyPal tem como objetivo promover a compreensão dos efeitos clínicos da psilocibina, a sua acessibilidade e a construção de evidência científica sólida para a terapia com este composto em doentes com necessidades significativas.
O avanço deste estudo marca o início de um novo capítulo na investigação europeia sobre saúde mental, com o potencial de transformar o apoio terapêutico disponível para pessoas que enfrentam angústia psicológica e existencial associada a doenças incapacitantes. Os resultados poderão abrir caminho para a futura integração de tratamentos com psilocibina na prática clínica, oferecendo uma nova esperança para doentes que atualmente dispõem de opções limitadas.
Para se manter informado sobre o progresso do estudo e o recrutamento de doentes, está disponível uma newsletter do PsyPal. Este ensaio é financiado pela União Europeia, embora as opiniões expressas sejam da responsabilidade dos seus autores e não reflitam necessariamente as da UE ou da Agência de Execução Europeia da Saúde e do Digital (HADEA)
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