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Entre maio e julho de 2025, 17 interdições a banhos foram decretadas em praias do continente português, abrangendo 16 zonas balneares. A associação ambientalista Zero, com base em dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e Direção-Geral da Saúde (DGS), confirmou que 14 casos resultaram de contaminação microbiológica, dois de deteção de salmonela e um por medida precaucional.
Os números representam uma redução de quase 50% face ao mesmo período de 2024, quando se registaram 31 interdições. Atualmente, das 673 águas balneares monitorizadas, apenas um “número limitado” apresenta problemas. No continente (526 zonas), houve 34 desaconselhamentos de banhos, afetando 27 praias – três casos acima de 2024. A Madeira registou quatro desaconselhamentos, enquanto os Açores mantiveram águas sem restrições.
A praia de Matosinhos destacou-se negativamente, com três situações de desaconselhamento ou proibição e uma interdição de quase duas semanas. Problemas similares em Angeiras Norte (Matosinhos) e Labruge (Vila do Conde) foram associados pela APA a “descargas industriais” no rio Onda, que contaminaram praias adjacentes. A Zero sublinha que estes casos evidenciam falhas na fiscalização de efluentes industriais.
Em agosto, acumulam-se já 13 ocorrências de desaconselhamento ou proibição, cinco confirmadas como contaminação microbiológica. O incidente na praia da Nazaré, onde uma descarga de saneamento levou mais de 100 pessoas a recorrer a cuidados de saúde, foi classificado pela associação como “um claro alerta” para a necessidade de reforçar medidas preventivas.
No Algarve, os desaconselhamentos em Alagoa-Altura e Praia Verde (Castro Marim) levaram a Zero a defender “amostras extra” complementares à monitorização regular, sobretudo em praias com histórico de excelência onde poluentes podem passar despercebidos.
Nenhuma das 81 “Praias Zero Poluição” – classificadas pela associação por ausência de contaminações nas últimas três épocas balneares – registou interdições ou desaconselhamentos este ano.
NR/HN/Lusa



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