Incêndios: ULS de Coimbra reforça resposta clínica às populações afetadas

15 de Agosto 2025

A Unidade Local de Saúde de Coimbra ativou meios adicionais de apoio clínico devido aos incêndios no distrito. Centros de atendimento em Oliveira do Hospital, Miranda do Corvo, Avelar, Tábua e Arganil estão operacionais, além dos Hospitais Universitários de Coimbra. Equipas reforçam Lousã e Góis. O Governo prolongou o estado de alerta até domingo face ao calor persistente

Em resposta à ativação do Plano Distrital de Emergência e Proteção Civil, motivada pela “complexidade e impacto” dos incêndios rurais, a Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra garantiu esta sexta-feira “meios adicionais de resposta e proximidade” para as populações afetadas. A medida surge face à dimensão dos fogos que assolam a região centro.

Para respostas imediatas, encontram-se abertos os Centros de Atendimento Clínico da Fundação Aurélio Amaro Diniz, em Oliveira do Hospital, do Hospital da Compaixão, em Miranda do Corvo, e do Hospital do Avelar, em Avelar (Ansião). Complementam a resposta o Serviço de Atendimento Complementar em Tábua e o Serviço de Urgência Básica de Arganil, este em “total disponibilidade”. Os Serviços de Urgência Hospitalares em Coimbra também operam sem restrições.

A ULS destacou ainda equipas de saúde específicas para os Centros de Saúde da Lousã e de Góis. A instituição sublinhou que a adequação destes recursos “será continuamente ajustada de acordo com a evolução da situação e em estreita coordenação com a Comunidade Intermunicipal (CIM) de Coimbra e restantes entidades de proteção civil”.

Paralelamente, apelou aos cidadãos para que adotem “comportamentos de prevenção e segurança”, alinhados com as orientações das autoridades. Este reforço ocorre num contexto de risco elevado, com Portugal em situação de alerta contínua desde 2 de agosto devido ao perigo de incêndio.

A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou na quinta-feira a prorrogação do estado de alerta até domingo, dia 18 de agosto. A decisão, tomada após visita à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), justifica-se pela “adversidade de 22 dias consecutivos de calor intenso” sem “sinais de abrandar”. Maria Lúcia Amaral enfatizou a manutenção de “todas as restrições e proibições” inerentes ao estado de alerta de risco agravado. Os incêndios das últimas semanas no norte e centro consumiram mais de metade dos cerca de 75 mil hectares de área ardida registada este ano.

NR/HN/Lusa

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