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De acordo com dados da Adecco, 40% dos profissionais afirmam que considerariam abandonar a sua função caso se sentissem desmotivados ou sem estímulo, evidenciando um risco significativo para a retenção de talento, sobretudo entre as gerações mais jovens, que valorizam propósito e equilíbrio emocional no local de trabalho.
Este fenómeno, muitas vezes subvalorizado na gestão de pessoas, manifesta-se através de tarefas repetitivas, ausência de desafios, sensação de estagnação e falta de alinhamento entre o perfil do colaborador e as funções que desempenha. O problema não reside na existência de rotinas, mas na ausência de significado e perspetivas de progressão, o que mina a motivação e pode levar à perda de profissionais qualificados.
Para contrariar esta tendência, a Adecco identifica seis estratégias práticas que podem ser adotadas por empresas e colaboradores: alterar o ambiente de trabalho, por exemplo, através da utilização semanal de espaços alternativos como coworks ou cafetarias; aprender novas competências mediante formações curtas ou troca de conhecimentos entre colegas; assumir mais responsabilidade em tarefas que desafiem as capacidades individuais; promover pausas e momentos de descontração com música, jogos de equipa ou iniciativas de bem-estar; cuidar da saúde mental através de práticas como meditação, escrita, exercício físico e contacto social; e manter um diálogo aberto com os líderes para partilhar sentimentos de estagnação e explorar novas oportunidades ou ajustes internos.
A Adecco reforça ainda que o tédio no trabalho não deve ser confundido com desinteresse, mas sim interpretado como uma falta de estímulo, clareza ou perspetiva de crescimento, fatores que podem ser resolvidos com pequenas mudanças no ambiente, no estilo de liderança ou nas funções atribuídas. Num mercado de trabalho cada vez mais exigente e centrado nas pessoas, a capacidade das organizações para identificar e responder a estes sinais pode ser decisiva para a fidelização do talento.
NR/PR/HN



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