A paralisação tem por base, segundo o SEP, a situação “caótica” no Montepio Rainha D. Leonor (MRDL), “devido à falta de enfermeiros e à desregulação dos horários”.

Em comunicado, o sindicato alerta que a administração da associação Mutualista MRDL procedeu à “alteração unilateral das condições de trabalho dos enfermeiros” e dos restantes profissionais, “reduziu as remunerações e desregulou os horários, provocando assim a crescente saída de enfermeiros da instituição”.

Para o sindicato, “a agravada falta de adequada dotação das equipas de enfermagem, gerada pela recusa da administração do MRDL em negociar uma Carreira de Enfermagem, com regularização das condições laborais e recuperação das condições remuneratórias, tem levado a uma sobrecarga de trabalho e à revolta dos profissionais”.

O SEP reuniu com o Conselho de Administração do Montepio em 23 de junho e apresentou, em 27 desse mês, uma proposta negocial para melhorar as condições de trabalho e remuneratórias, em consonância com as que vigoram no setor privado social, “para tentar estancar as saídas de enfermeiros e garantir a captação de outros”.

Quase dois meses passados sobre a apresentação da proposta, “o Conselho de Administração continua sem dar qualquer resposta”, postura que levou o sindicato a manter a greve agendada para hoje.

O Montepio Rainha D. Leonor é uma associação mutualista, fundada em 1860 e que desde a década de 1900 disponibiliza serviços médicos aos seus associados.

Desde 1947 conta com uma casa de Casa de Saúde, com internamento e serviço de banco a funcionar 24 horas e aberto à comunidade.

Conta também com um Centro de Apoio aos Idosos e um Condomínio Residencial assistido.

lusa/HN