Nova descoberta revoluciona diagnóstico da PHDA

25 de Agosto 2025

Investigadores do Centro RITMO da Universidade de Oslo desenvolveram um novo teste que mede a divagação mental para melhorar o diagnóstico de Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) em adultos, revelando diferenças significativas nos padrões cerebrais

Legenda da foto: EXPERIÊNCIA ABORRECIDA: Um teste de laboratório verdadeiramente monótono confirma que pessoas com TDAH são muito mais afetadas do que outras quando os seus pensamentos vagueiam para longe da tarefa em questão. Na imagem, as assistentes de investigação Rebekka Skoglund, Emilie Alvarez Orvik, Gine Strøm Gutterup, Lina El-Agroudi e Andreas Løve (à frente com a touca de elétrodos) estão a treinar a medição de EEG para o projeto. Foto: Universidade de Oslo

Uma equipa de investigadores noruegueses liderada por Anne-Kristin Solbakk, professora de neuropsicologia no Centro RITMO da Universidade de Oslo, desenvolveu um novo método para diagnosticar PHDA em adultos, baseado na análise da divagação mental.

A investigação surge num momento em que se regista um aumento significativo de diagnósticos de PHDA em adultos na Noruega. Segundo Venke Arntsberg Grane, Diretora de Investigação do Departamento de Neuropsicologia do Hospital Helgeland, esta perturbação tornou-se a principal causa de referenciação em psiquiatria de adultos desde que o país começou a medicar adultos no final dos anos 1990.

O estudo, realizado no laboratório da Universidade de Oslo, utilizou um teste monótono onde os participantes, equipados com um capacete EEG de 64 elétrodos, respondiam a tons altos e baixos através de auscultadores. Os resultados demonstraram que pessoas com PHDA apresentam maior tendência para a divagação mental espontânea, visível tanto ao nível cerebral como no desempenho das tarefas.

A equipa, que inclui também investigadores como Sabine Leske e Tor Endestad, documentou diferenças significativas na força dos sinais cerebrais entre pessoas com e sem PHDA, embora os padrões das ondas cerebrais sejam semelhantes.

Os investigadores salientam que este teste poderá constituir uma importante ferramenta de diagnóstico, complementando os métodos existentes. No entanto, são necessários mais estudos antes que possa ser incluído no conjunto de ferramentas diagnósticas standard.

O projeto visa também contribuir para uma melhor compreensão da PHDA em adultos e idosos, desenvolvendo métodos que possam ser utilizados para criar novas opções de tratamento para os pacientes.

Para mais informações: https://www.uio.no/ritmo/english/news-and-events/news/2025/better-tools-to-detect-adhd-adulthood

NR/N/AlphaGalileo

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