![]()
Donald Trump voltou a surpreender a comunidade internacional ao solicitar ao Congresso norte-americano um corte substancial de 4,2 mil milhões de euros em ajuda humanitária internacional, numa decisão anunciada pela Casa Branca a 29 de agosto.
A proposta, que surge num momento crítico de negociações orçamentais, ameaça precipitar uma paralisação do governo federal após 30 de setembro. O Partido Democrata já havia alertado que qualquer tentativa de reverter fundos previamente aprovados pelo Congresso inviabilizaria as negociações para evitar o shutdown.
O documento enviado ao presidente republicano da Câmara dos Representantes especifica que os cortes afetarão significativamente os programas do Departamento de Estado e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Esta última seria particularmente atingida, com uma redução de aproximadamente 2,7 mil milhões de euros.
Esta medida segue-se a uma série de decisões que têm vindo a enfraquecer a presença humanitária americana no cenário internacional. Desde o seu regresso à Casa Branca, Trump já havia congelado vários milhares de milhões de dólares em ajuda internacional e procedeu à dissolução formal da USAID, incorporando-a no Departamento de Estado.
A USAID, anteriormente reconhecida como a maior agência humanitária mundial, mantinha uma presença ativa em cerca de 120 países, desenvolvendo programas cruciais nas áreas da saúde e assistência de emergência.
O impacto desta decisão poderá ser devastador. Um estudo internacional divulgado em julho prevê que a redução do financiamento americano à ajuda internacional poderá resultar em mais de 14 milhões de mortes adicionais até 2030, sendo um terço destas vítimas crianças.
A Casa Branca, através da sua conta na rede social X, reafirmou a posição do Presidente, declarando que Trump “colocará sempre a América em primeiro lugar”.
NR/HN/Lusa



0 Comments