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A ministra dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Nacional Palestiniana, Varsen Aghabekian (na imagem), alertou em Roma para a urgência de reconstruir o sistema de saúde na Faixa de Gaza, após a destruição completa das universidades e faculdades de Medicina pelos militares israelitas.
Durante uma visita a crianças palestinianas que recebem tratamento médico em Itália, Aghabekian enfatizou que a reconstrução do sistema de saúde, tanto em Gaza como na Cisjordânia, levará anos e dependerá da libertação do povo palestiniano.
A chefe da diplomacia palestiniana expressou esperança num acordo de paz que permita à Palestina desenvolver os sistemas necessários para o futuro, incluindo o sistema de saúde.
A Itália tem desempenhado um papel ativo no apoio médico aos palestinianos, tendo acolhido mais de 460 pacientes nos seus hospitais. Só em agosto, foram retiradas mais de 30 crianças palestinianas doentes, acompanhadas pelas suas famílias, somando-se a outras 150 crianças previamente evacuadas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, que acompanhou Aghabekian na visita, reafirmou a posição de que o futuro da Palestina deve ser construído sem o Hamas, reconhecendo a Autoridade Palestiniana como único interlocutor legítimo. Tajani reiterou o apelo italiano a um cessar-fogo imediato e à libertação dos reféns.
O governante italiano condenou também os ataques recentes a localidades palestinianas na Cisjordânia, com particular ênfase nas agressões às comunidades cristãs, que considera fundamentais para a estabilidade regional. Manifestou ainda o apoio do seu governo a sanções mais severas contra colonos violentos na Cisjordânia, acusando-os de tentarem impedir a formação de um Estado palestiniano.
Relativamente ao plano norte-americano para Gaza, Tajani defendeu a necessidade de consultar primeiro os palestinianos sobre as suas aspirações, opondo-se a medidas que facilitem a saída da população do território.
NR/HN/Lusa



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