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O Campus de Saúde da Misericórdia de Vila Franca de Xira foi oficialmente inaugurado esta segunda-feira, num investimento que superou os 30 milhões de euros. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmou que a nova infraestrutura “reflete bem” a complementaridade entre os setores público, social e privado.
Durante a cerimónia de inauguração, a governante destacou que o projeto “ simboliza o melhor que conseguimos alcançar quando o setor da saúde e o setor social trabalham lado a lado com um único objetivo: Garantir que todos os cidadãos têm acesso a cuidados de saúde de qualidade próximos das suas casas e das suas famílias”.
A obra consistiu na requalificação total do espaço do antigo Hospital de Vila Franca de Xira, alargando significativamente a oferta de cuidados de saúde diferenciados para a comunidade local e regional. Ana Paula Martins acrescentou que o campus “vai seguramente contribuir para dar uma resposta mais adequada e completa aos cidadãos da cidade, mas também da região, em particular à população mais envelhecida”.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira, Armando Jorge de Carvalho, presente na cerimónia, adiantou que o campus já se encontra em funcionamento com 185 camas de internamento. Deste total, 120 estão dedicadas à Rede Nacional de Cuidados Continuados, posicionando a unidade como “um importante parceiro do Serviço Nacional de Saúde, através da colaboração com a Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo, acolhendo utentes que se encontram a aguardar resposta não hospitalar”. Para o provedor, este é “um exemplo claro da complementaridade entre o setor social, o Serviço Nacional de Saúde e o setor privado”.
Financiado através do programa Compete 2020, da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e da própria Misericórdia, o novo campus é composto por três unidades autónomas: uma unidade de saúde, uma residência sénior e uma clínica de ambulatório. Esta estrutura permitirá dar “um contributo muito significativo” para alargar a oferta assistencial, traduzindo-se “numa melhoria significativa da qualidade de vida para os cidadãos, tanto a nível dos cuidados de saúde, como também ao nível do apoio social”.
A unidade de saúde, integrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados, terá um foco particular na medicina física e de reabilitação. “Os cuidados continuados são uma peça absolutamente fundamental do nosso sistema de saúde para dar resposta de forma continuada e integrada, sobretudo àqueles que se encontram numa situação de dependência e de maior fragilidade”, salientou a ministra.
Ana Paula Martins recordou que o programa do Governo prevê “um reforço sustentado da rede de cuidados continuados”, com o aumento de vagas para assegurar uma cobertura adequada e diminuir a pressão sobre outras redes de resposta, incluindo os cuidados paliativos. “Queremos e vamos continuar a trabalhar para adaptar e melhorar as respostas do sistema de saúde ao desafio do envelhecimento”, declarou, referindo a concretização da estratégia europeia dos cuidados de longa duração em colaboração com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
A governante advertiu, no entanto, para os desafios futuros, destacando a necessidade de “conseguir formar, atrair e reter recursos humanos qualificados” como um dos pontos críticos para o sucesso desta estratégia.
NR/HN/usa



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