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O Governo Regional dos Açores anunciou esta quarta-feira, 10 de setembro, o lançamento de uma nova medida de prevenção do suicídio para o arquipélago. O sistema, baseado no envio de mensagens de texto, entrará em vigor em outubro e permitirá uma interação personalizada com doentes em risco, conforme avançado pela secretária regional da Saúde e da Segurança Social, Mónica Seidi (na imagem).
Em declarações à agência Lusa, a propósito do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, a governante explicou que a iniciativa surge no âmbito do trabalho da estrutura regional para a saúde mental. O mecanismo funcionará como uma ferramenta de vigilância, permitindo sinalizar utentes que tenham recorrido recentemente a serviços hospitalares e que possam apresentar ideação suicida.
“Permite acompanhar e incluir estes doentes, fazendo uma interação personalizada e um encaminhamento consoante a situação clínica ou a necessidade do utente”, afirmou Mónica Seidi. O sistema operará com base numa estratificação de risco, orientando os pacientes para os cuidados mais adequados, que podem passar pelos cuidados de saúde primários, pelo reagendamento de consultas hospitalares ou, em casos de maior gravidade, pelo encaminhamento direto para uma urgência de psiquiatria.
Numa primeira fase, o projeto será implementado a nível hospitalar, recorrendo aos psiquiatras do Serviço Regional de Saúde para a avaliação e estratificação do risco. Só após uma avaliação da eficácia do sistema é que a medida poderá ser alargada aos cuidados de saúde primários.
O anúncio surge num contexto de empenho do executivo de coligação (PSD/CDS-PP/PPM) no combate ao suicídio, tendo sido registada uma diminuição de casos em 2023, com 25 ocorrências face às 30 de 2022. Para 2024 e 2025, ainda não existem dados oficiais consolidados.
Mónica Seidi reconheceu que, apesar dos esforços de contratação, os números de recursos humanos na área da saúde mental na região “ainda terão de ser melhorados”. Atualmente, o Serviço Regional de Saúde dos Açores conta com 23 psiquiatras e 70 psicólogos, existindo profissionais em todos os hospitais da região e um regime de convenção para as ilhas sem hospital.
NR/HN/Lusa



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