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Celebra-se hoje, 17 de setembro, o dia mundial da Segurança do Doente, este ano dedicado a recém-nascidos e crianças. Apesar disso recordo, com alguma emoção, a criação no seio da Escola Nacional de Saúde Pública e há já bem mais que quinze anos, de um grupo de investigação que levou a cabo talvez o primeiro estudo nacional de prevalência de “eventos adversos” que é público há muito. Deu também origem a alguma investigação e a formação universitária de nível avançado, designadamente, um mestrado específico e alguns doutoramentos nessa área científica.
Porque será que alguém interessado na Saúde e Segurança dos trabalhadores se dedicou à Segurança do Doente?
Muitas razões podem estar na sua origem, mas o destaque que agora quero assinalar é que não há segurança dos doentes sem saúde e segurança dos prestadores. Talvez um dos próximos dias comemorativos futuros venha a dar relevo a esse aspeto num futuro próximo já que a Escola (Nacional de Saúde Pública) adquiriu grande protagonismo (de resto, merecido) nesse tema.
Apesar disso o protagonismo maior deve é ser dado aos doentes, principalmente na prevenção dos eventos preveníveis (que são muitos) e na aquisição de muito mais literacia, no caso em apreço mais em matéria de prestação de cuidados de saúde. É que a prestação de cuidados de saúde envolve sempre riscos e, pelo menos os preveníveis, devem ter mais atenção do que atualmente se lhes confere, objetivando a meta “utópica” do risco zero. Oxalá continuemos a trabalhar nesse sentido com redobrado afinco.


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