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“Sou grande defensora do curso de Medicina na Universidade de Trás-os-Montes se Alto Douro, não só na UTAD, mas como já o disse publicamente e nos sítios certos, sou a favor da criação dos cursos de Medicina descentralizados dos grandes centros urbanos”, afirmou Ana Povo, que falava na abertura do V Encontro de Ginecologia e Obstetrícia, que decorre hoje, em Vila Real.
Já depois, em declarações aos jornalistas, a secretária de Estado reforçou que sempre defendeu a criação de cursos de Medicina descentralizados, não só na UTAD, mas como o que já foi criado na Universidade de Aveiro.
Neste momento, estão em processo de avaliação os cursos de Medicina na UTAD e em Évora.
Natural de Valpaços, Ana Povo viveu e estudou depois em Vila Real e, por isso, disse falar na UTAD pelas ligações que tem a esta terra.
“Antes de ser secretária de Estado colaborei na preparação da candidatura neste curso e é com muito agrado que sinto que existe vontade política de concretizar esse projeto, vontade política esta que nunca existiu no passado”, afirmou.
A UTAD aguarda uma visita pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), que deverá decorrer durante o mês de outubro, uma visita que faz parte dos procedimentos habituais, sendo que só depois desta e da respetiva apreciação da entidade é que vai ser conhecida a decisão, aproximadamente cerca de um mês depois.
Em outubro no ano passado, ficou a saber-se que a A3ES tinha rejeitado, por uma segunda vez, a proposta da UTAD para a criação do curso de Medicina, e um dos argumentos apontado estava relacionado com insuficiências no corpo docente.
Há vários anos que a criação deste curso é defendida quer pela universidade, quer pelos políticos desta região, como também pelos responsáveis da Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD).
A secretária de Estado referiu ainda que este Governo “acredita nos cuidados descentralizados e na oferta de qualidade que se tem que dar de cuidados de saúde à população em qualquer área geográfica”.
Ana Povo associou-se também à homenagem à médica obstetra ginecologista e geneticista Eufémia Ribeiro, que já faleceu, e que dá, a partir de agora, nome ao Centro de Diagnóstico Pré-Natal da ULSTMAD.
A governante disse que o “serviço de excelência” que a ULS oferece à população resulta de um trabalho que começou em 2001.
“Em 2001, os diagnósticos pré-natais de genética estavam a começar a nascer no nosso país e, na altura, o Hospital de Vila Real foi sem sombra de dúvida inovador neste projeto, e isso deveu-se à força e à vontade de uma pessoa e, por tudo isso, foi com muito agrado que me juntei aqui hoje a esta celebração”, disse Ana Povo, referindo-se a Eufémia Ribeiro.
A organização da quinta edição do Encontro de Ginecologia e Obstetrícia junta a ULSTMAD e a ULS de São João (Porto).
lusa/HN



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