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A campanha de vacinação sazonal contra a gripe e a covid-19 arranca esta terça-feira, 23 de setembro, em unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e em farmácias aderentes. A Direção-Geral da Saúde (DGS) estabeleceu como meta vacinar aproximadamente 2,5 milhões de pessoas contra a gripe e 1,5 milhões contra a covid-19 até à época natalícia.
Sob o lema “Vacine-se e proteja os momentos mais importantes”, a iniciativa para o outono-inverno de 2025-2026 introduz uma novidade significativa: a vacinação gratuita contra a gripe para todas as crianças entre os seis e os 23 meses de idade. Para as crianças com idades compreendidas entre os dois e os cinco anos, a vacina será comparticipada. André Peralta Santos, subdiretor-geral da Saúde, explicou à Lusa que esta decisão se deve ao facto de a gripe causar doença com consequências sérias, incluindo internamentos, nestas faixas etárias.
O responsável relembrou que a vacinação é recomendada para pessoas com mais de 60 anos, doentes crónicos de todas as idades e profissionais de saúde, sublinhando que ambos os vírus “continuam a causar doença grave, especialmente nos mais idosos”. Para a população entre os 60 e os 84 anos, a administração das vacinas está disponível tanto nos centros de saúde como nas farmácias. Os cidadãos com mais de 85 anos, por estarem em maior risco, terão acesso a uma vacina contra a gripe com uma dose reforçada para uma proteção adicional.
André Peralta Santos assegurou existirem vacinas suficientes para todos os elegíveis e enfatizou a importância de a população se imunizar idealmente até 15 de dezembro, de modo a estar protegida durante o pico de circulação viral, que tipicamente ocorre em dezembro e janeiro. A campanha prolonga-se até 30 de abril de 2026.
Sobre a hesitação vacinal, o subdiretor-geral da Saúde afirmou que as vacinas são “muito seguras” e constituem o “meio mais simples e eficaz” de prevenir a doença grave. Relativamente à covid-19, referiu que, apesar do aumento de casos no verão, o vírus não causou constrangimentos significativos nos serviços de saúde. “Continua a causar doença grave, felizmente muito menos do que aquela que já causou”, acrescentou, notando que o volume atual de doentes não gera preocupação quanto a sobrecarga das urgências ou internamentos.
Do lado das farmácias, a presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), Ema Paulino, indicou que a campanha decorrerá em 2.500 farmácias, dirigindo-se essencialmente ao grupo etário dos 60 aos 84 anos. Numa nota enviada à Lusa, Ema Paulino alertou para o crescimento da hesitação vacinal e da desinformação, apelando à confiança na ciência. “A vacinação é um ato seguro, rápido e eficaz de proteção individual e coletiva”, vincou, incentivando os elegíveis a marcarem a sua vacinação para os meses de maior circulação viral.
NR/HN/Lusa



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