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A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, anunciou esta terça-feira, 23 de setembro, a implementação de um novo regime de convenções até final do ano para atribuir médico de família a utentes que atualmente não têm um. A governante fez o anúncio durante uma audição na comissão parlamentar de Saúde, realçando que esta medida representa uma “outra forma” de alargar a cobertura da medicina geral e familiar.
De acordo com a ministra, este novo modelo funcionará em paralelo com as futuras unidades de modelo C, que serão geridas pelos setores social e privado. “Até final do ano, será iniciado um novo regime de convenções com médicos de família para dar resposta a quem ainda não tem médico de família”, afirmou Ana Paula Martins perante os deputados. O objetivo é reforçar a capacidade de resposta dos cuidados de saúde primários, que devem funcionar como a porta de entrada principal no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Ana Paula Martins reconheceu a existência de desafios significativos, nomeadamente a necessidade de acompanhar “um dos maiores choques demográficos de sempre na população portuguesa”. Nesse contexto, salientou que a população estrangeira residente em Portugal quase quadruplicou nos últimos sete anos. Este crescimento refletiu-se no número de utilizadores do SNS, que passou de 405 mil pessoas em 2017 para mais de 944 mil em 2024.
Apesar destas pressões, a ministra indicou que a taxa de cobertura de utentes com médico de família se situa atualmente nos 85,7%, um valor que “contraria a tendência de diminuição dos últimos quatro anos”. Entre abril de 2024 e agosto de 2025, mais 326 mil utentes tiveram acesso a um médico de família. A audição regimental serviu para a governante apresentar estes dados e detalhar as linhas de ação futuras para o setor. A notícia da agência Lusa sobre este anúncio está disponível no seu portal. O vídeo da intervenção pode ser revisto através do link da audiência parlamentar.
NR/HN/Lusa



1) Convenções de acesso universal para todas as áreas da Medicina na prestação de cuidados de saúde,
2) Liberdade de escolha,
3) Processo clínico único (PCU).