![]()
O Governo Regional da Madeira despendeu 700 mil euros na compra de lotes de vacinas para a campanha de outono-inverno, um montante que assegura 18 mil doses contra a covid-19 e perto de 50 mil para a gripe. A secretária regional da Saúde, Micaela Freitas, deslocou-se ao Centro de Saúde do Bom Jesus, no Funchal, para dar o arranque a uma iniciativa que se prolonga até 30 de abril de 2026.
Desta feita, e contrariando a decisão do ano anterior, o acesso gratuito para pessoas sem condições de risco definidas está reservado aos cidadãos a partir dos 60 anos. Em 2024, a idade de elegibilidade situava-se nos 50. Micaela Freitas justificou a opção com a necessidade de concentrar esforços nos mais vulneráveis. “O foco tem de ser vacinar as pessoas mais vulneráveis e as pessoas com mais de 60 anos são as pessoas mais vulneráveis”, afirmou, perante os jornalistas. Deixou, no entanto, uma porta entreaberta: “Isto não significa que ao longo da campanha de vacinação, e de acordo com a disponibilidade de vacinas e também da situação epidemiológica, não possa haver alguma alteração.”
Questionada sobre se a estratégia do ano passado estaria incorrecta, a governante evitou críticas directas. “Não estou a dizer que estava mal. O que nós temos de fazer é focar os recursos nas pessoas que são mais vulneráveis”, explicou, acrescentando que o objectivo é proteger não só esses indivíduos, mas também mitigar o impacto das doenças na comunidade e no sistema de saúde. “Não significa que, de acordo com a evolução da campanha, não se possa abranger uma faixa etária a partir dos 50 anos”, voltou a admitir, sugerindo uma certa flexibilidade consoante a adesão.
A administração das vacinas está disponível nos 47 centros de saúde da região, ainda que alguns, de menor dimensão, tenham horários mais restritos. A modalidade é de porta aberta, mas Micaela Freitas recomenda a marcação prévia “para o sistema fluir melhor”. A própria secretária aproveitou a visita para receber a vacina, num gesto de exemplo. “O nosso desejo é que as pessoas adiram cada vez mais à vacinação, para si e para quem as rodeia”, apelou, invocando “evidências científicas” sobre os benefícios da imunização.
Esta campanha introduz duas novidades no público-alvo: passam a ser incluídas crianças com idades entre os seis meses e os dois anos incompletos, bem como os profissionais dos sectores da pecuária e veterinária. Uma medida que, segundo a tutela, alinha a região com as directrizes já adoptadas no continente português.
NR/HN/Lusa



0 Comments