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O distrito de Slantsi, na região de Leninegrado, foi palco de uma tragédia que ceifou a vida de 19 pessoas durante o mês de setembro, todas vítimas de envenenamento por álcool. A governação regional veio a público confirmar que oito destas mortes resultaram especificamente de intoxicação por metanol, uma substância altamente tóxica utilizada frequentemente como adulterante em bebidas alcoólicas de fabrico ilegal.
De acordo com a nota divulgada pelo executivo, os dados iniciais apontam para a produção e venda clandestina de álcool como a origem do surto. A proximidade da fronteira com a Estónia, numa área com uma população residual de cerca de 40 mil habitantes, adensa o contexto de uma crise que chocou as autoridades locais.
Em resposta aos acontecimentos, o Ministério Público regional deu entrada a um processo-crime, invocando o artigo 109.º do código penal, que prevê penas de prisão até quatro anos para crimes de homicídio por negligência que afetem duas ou mais pessoas. O caso está a ser tratado com severidade, num país onde episódios semelhantes, infelizmente, não são inéditos. Do lado das forças de segurança, o Ministério do Interior avançou que uma pessoa foi já detida no decurso das investigações, sem adiantar pormenores sobre a sua identidade ou o seu alegado papel na rede de distribuição do produto letal. O comunicado oficial serve, assim, para tranquilizar uma população em luto, prometendo justiça perante um ato de negligência grosseira com um custo humano profundamente significativo.
NR/HN/Lusa



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