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Desde que arrancou a 16 de Setembro, a campanha de vacinação contra o vírus sincicial respiratório (VSR) na Madeira já permitiu imunizar 563 bebés e crianças. A Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil divulgou hoje o balanço, indicando que 58 dessas imunizações ocorreram directamente na maternidade do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, enquanto as restantes 505 foram realizadas nos diversos centros de saúde da região.
A secretária regional Micaela Freitas deslocou-se esta manhã à maternidade para acompanhar in loco o andamento do processo. No comunicado emitido pela tutela, não poupou elogios à iniciativa, considerada pioneira a nível nacional e com um historial de “resultados muito positivos nas épocas anteriores”. A governante sublinhou o impacto concreto da medida, revelando que a campanha permitiu uma redução de 55% nas hospitalizações por infeção respiratória aguda a VSR na época 2023/2024. Já no último inverno, entre 2024 e 2025, a quebra no número de internamentos foi ainda mais expressiva, fixando-se nos 65%.
“O nosso foco é garantir que os bebés estão protegidos o mais rapidamente possível contra este vírus contagioso que, infelizmente, leva muitas crianças à hospitalização”, afirmou Micaela Freitas, deixando claro o objectivo primordial da estratégia. O vírus em causa é, de resto, uma das causas principais de bronquiolite e pneumonia em bebés, facto que justifica a continuidade do programa.
A campanha de imunização, que representa um investimento anual na ordem dos 400 mil euros por parte do executivo madeirense, liderado pela coligação PSD/CDS-PP, abrange duas franjas específicas. Por um lado, os nascidos entre 16 de Setembro de 2025 e 31 de Março de 2026, que devem ser imunizados até à primeira semana de vida, de preferência antes da alta da maternidade. Por outro, estão também incluídos todos os nascidos no período compreendido entre 1 de Abril e 15 de Setembro do corrente ano.
A estratégia regional estende-se ainda a um outro grupo: todas as crianças com outros factores de risco acrescido para infeção grave por VSR que se encontrem a entrar na sua primeira ou segunda época sazonal do vírus e que ainda não tenham completado 24 meses de idade até ao dia 30 de Setembro de 2025. Um alargamento que demonstra a abrangência do programa, desenhado para fazer face a uma das maiores ameaças respiratórias à população pediátrica.
NR/HN/Lusa



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