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Um total de 1.876 focos de gripe das aves foi detetado no espaço europeu entre 1 de outubro de 2024 e 19 de setembro de 2025, segundo a compilação de dados efetuada pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) de Portugal. A esmagadora maioria dos casos, 1.159 para ser exacto, ocorreu em populações de aves selvagens, que funcionam como vetor silvestre da doença.
O restante surto distribuiu-se de forma menos equilibrada: 563 focos em explorações de aves de capoeira e outros 154 em aves mantidas em cativeiro. A geografia do vírus desenha um arco que tem na Hungria o seu epicentro incontestável, com 343 ocorrências. Seguem-se a Alemanha, com 279, os Países Baixos, com 234, a Polónia, com 208, e a Itália, com 152 focos reportados.
Portugal não escapou à circulação do vírus, somando 27 focos no período em análise. Contudo, o dado mais recente – relativo ao último mês – revela uma certa aceleração, com cinco novos casos confirmados no território nacional. Nesse recorte temporal, a península Ibérica sobressai, já que Espanha liderou com expressivos 32 focos, um pico que levantou algumas interrogações entre os peritos. A Noruega surgiu a seguir, com 24.
A autoridade veterinária nacional confirmou a situação, realçando que a monitorização se mantém intensiva. A verdade é que o vírus teima em não dar tréguas, embora a sua transmissão para os humanos continue a ser um fenómeno raro e pontual a nível global. Quando tal acontece, porém, as consequências podem ser clinicamente severas, um lembrete das imprevisibilidades que este patogénio ainda encerra.
NR/HN/Lusa



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